Gravadores de CDs e programas tiram músicas do micro

ALEXANDRE VERSIGNASSI

ESPECIAL PARA A FOLHA

Quem nunca passou zilhões de horas sentado na frente do aparelho de som gravando fitas? Pois é. Ir à loja comprar uma "cromo super" era o que havia. Aí, tinha que ficar rebobinando e dando play várias vezes para deixar pausas milimetricamente calculadas entre uma música e outra, escrever -em letra de fôrma- os nomes delas no papelão da caixinha e, claro, só ouvir de vez em nunca, já que ninguém tinha paciência para ficar indo e voltando a fita cada vez que quisesse ouvir algum som perdido no meio da fita.
É. Os bons tempos eram um saco. Ainda bem que hoje, para se ter uma coletânea personalizada, não é preciso tanto esforço. Afinal, qualquer um que tenha um micro em casa pode ter um gravador de CDs. Claro que isso ainda é uma coisa meio burguesa, já que esses aparelhos não são nada baratos. Mas, se você tem umas economias guardadas, gastar com um desses pode valer a pena. Os modelos mais em conta custam entre R$ 600 e R$ 700, como o Blaster CD-RW 8432, da Creative, e o CED-8080B, da LG, que podem ser encontrados em várias lojas de eletrônicos e já vêm com o software que faz a gravação embutido.
Com um desses na mão, você vai precisar de CDs virgens. Existem dois tipos: o R, que só pode ser gravado uma vez e custa cerca de R$ 2, e o RW, que deixa gravar por cima e sai por uns R$ 15. Este último só pode ser lido pelo próprio drive do gravador. Já o outro toca em qualquer aparelho -e é aí que está a graça. Mas, para que isso aconteça, você vai precisar de umas ferramentas a mais.
É que só dá para fazer CDs assim, polivalentes, a partir de arquivos no formato WAV. Como as músicas que você pega na rede estão em MP3, elas precisarão ser convertidas. Para isso, vá a um site de downloads, como o www.tucows.com, e digite um conjunto de palavras-chave, como "decoder WAV MP3". Vão aparecer uns programas gratuitos que fazem esse serviço. É só seguir as instruções do software do gravador e, em menos de uma hora, ouvir o CD no carro ou no som da sala.
Já se você não se importa em ouvir no computador mesmo, pode gravar direto do formato MP3 e, assim, criar CDs com mais de 100 músicas.
Obviamente, existem caras que se aproveitam disso: o que não falta é maluco vendendo coisas como a coleção completa dos Beatles, em dois CDs MP3, por R$ 20. Mas não vá fazer um negócio desses. É tão lícito quanto vender maconha.

E-mail - aversignassi@uol.com.br



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