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FOLHATEEN EXPLICA
Plano de governo Lula trata questão como prioridade absoluta
Analfabetismo funcional atinge 38% dos brasileiros
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma pesquisa realizada pela ONG Ação
Educativa, em parceria com o Instituto
Paulo Montenegro (ligado ao Ibope), apontou -no início da década da alfabetização
(2003-2012), assim proclamada pelas Nações
Unidas- que o Brasil ainda tem muito o que
conquistar na área da educação.
O estudo indicou que apenas 25% dos brasileiros com mais de 15 anos têm pleno domínio das habilidades de leitura e de escrita. Isso
quer dizer que 1 em cada 4 brasileiros consegue compreender totalmente as informações
contidas em um texto e relacioná-las com outros dados.
Segundo o levantamento, 38% dos brasileiros podem ser considerados analfabetos funcionais. Desses, 8% são analfabetos absolutos.
Os outros 30% têm nível de habilidade de leitura e de escrita muito baixos, isto é, conseguem identificar enunciados simples, mas são
incapazes de interpretar um texto mais longo
ou com alguma complexidade.
Os 37% restantes têm um nível básico de leitura e de escrita -são capazes de localizar e
de compreender informações em textos curtos, como uma carta ou uma notícia.
Para 80% dos brasileiros, o ensino fundamental completo garante somente um nível
básico de leitura e de escrita.
O resultado não é surpreendente, uma vez
que apenas 20% da população brasileira tem a
escolaridade mínima obrigatória (ensino fundamental e ensino médio).
Quando o estrato estudado é aquele em que
as pessoas tinham apenas três anos de estudo,
o percentual de analfabetos funcionais chega
a 83%. Mesmo entre as pessoas com quatro a
sete anos de estudo, pouco mais da metade
atinge os níveis básico e pleno de habilidade
de leitura e de escrita. Os demais também podem ser considerados analfabetos funcionais.
A pesquisa também apontou uma queda no
hábito de leitura entre os brasileiros.
Uma das principais propostas do governo
de Luiz Inácio Lula da Silva é o combate ao
analfabetismo no país. Batizado de "Uma Escola do Tamanho do Brasil", o plano de governo para a educação apresenta propostas
específicas para a questão da alfabetização de
jovens e de adultos.
Responsável pela implementação do projeto, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, começou a trabalhar na proposta desde
sua posse, procurando conhecer as ações já
existentes nas instituições de ensino superior
e conclamando a participação dos estudantes
universitários no combate ao analfabetismo.
Várias instituições de ensino superior apresentaram projetos de alfabetização de jovens
e de adultos e manifestaram apoio às propostas governamentais.
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