São Paulo, segunda-feira, 17 de julho de 2000


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TEATRO

"Som e Fúria" mistura rock e amores juvenis

Com uma trilha sonora matadora, de Nirvana a Smiths, peça adapta cultuado romance do inglês Nick Hornby

VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL


A versão para o cinema de "Alta Fidelidade" ("High Fidelity", 1994), romance do inglês Nick Hornby, chega ao Brasil em outubro. Antes, porém, é possível conferir a adaptação para o teatro da história que faz uma espécie de inventário da música pop, dos anos 40 aos 90, e que oferece uma abordagem criativa do amor juvenil de ontem e de hoje.
Após oito apresentações em São Paulo, com o público lotando os 328 lugares do Sesc Anchieta, "A Vida É Cheia de Som e Fúria" volta na próxima semana, para mais cinco sessões, de 26 a 30 de julho.
O diretor Felipe Hirsch e a Sutil Companhia de Teatro, com base em Curitiba, procuraram ser o mais fiel possível ao espírito do livro de Hornby.
Rob Fleming, o protagonista, tem 30 e poucos anos. Ele é apaixonado por música, a ponto de se tornar dono de uma loja de discos e, nas horas vagas, assumir o posto de DJ num clube. A loja é o quartel-general dos colegas, tão obsessivos por música quanto o anfitrião. O passatempo preferido da turma é eleger "as cinco mais" do lado B, por exemplo. Rob, particularmente, gosta de escolher as melhores cantoras de todos os tempos, as separações amorosas que mais o marcaram e até a trilha sonora de seu próprio enterro.
"A Vida É Cheia de Som e Fúria" traz 76 inserções de músicas sampleadas pela dupla Rodrigo Barros Homem Del Rei e L.A. Ferreira, integrantes da banda punk curitibana Beijo aa Força. Elvis Costello, The Clash, Pixies, Beatles, The Jesus and Mary Chain, The Smiths, Nirvana, Bob Dylan, enfim, a lista contempla boa parte das vertentes do pop em todos os tempos.
Paralelamente às canções, que pontuam todo o espetáculo, Rob desfila um rosário de namoros que não deram certo. Em forma de flashback, o público acompanha a crise de cinco relacionamentos ("os cinco mais", de novo), que culminam com cenas de separações nas quais o protagonista nem sempre leva a melhor.
Dirigido por Felipe Hirsch, 28, o espetáculo foi eleito pela Folha o melhor do Fringe, a mostra paralela do badalado Festival de Teatro de Curitiba, na edição de março passado.
"A Vida É Cheia de Som e Fúria" pode ser vista de 26/7 a 30/7 (quarta a sábado, às 21h; domingo, às 19h), no teatro Sesc Anchieta (r. Dr. Vila Nova, 245, região central de São Paulo, tel. 0/xx/11/256-2281). Os ingressos custam R$ 15 e já estão à venda.


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