São Paulo, Segunda-feira, 19 de Abril de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

De política e Aids à ecologia

FÁTIMA GIGLIOTTI
da Reportagem Local

Faculdade, Debate do Eleitor, ecologia, prevenção de Aids, informativo da Rede Jovem, tudo isso está na pauta do dia-a-dia da estudante do 3º colegial Paloma Klisys, 18, sem falar no livro que ela está escrevendo sobre crack.
Paloma é filha única, os pais são separados, não tem namorado ("Graças a Deus, namorado só enche o saco") e sempre se preocupou em ajudar os outros. Percebeu que para fazer isso não precisava esperar sair da faculdade nem mesmo entrar. "Então saí desembestada procurando o que fazer. E agora estou ocupada demais, mas é bom, eu gosto."
Desde setembro de 98, ela participa das reuniões do Debate do Eleitor, um comitê suprapartidário que pretende criar a Delegacia do Eleitor "para fazer uma ponte entre o eleitor e o Ministério Público, que é quem deveria ficar em cima dos políticos e não fica".
A idéia é começar por São Paulo porque a delegacia só é reconhecida depois de dois anos de funcionamento. Mas também existe o projeto de criar um site na Internet, com o histórico de todos os políticos, um lugar para o eleitor fazer reclamações. Durante o ano, "a gente quer estimular discussões vamos falar sobre política para quem quiser ouvir".
Em março, mal começou a participar da Rede Jovem (redejovem@egroups.com), grupo de garotas e garotos que se reúnem para bolar ações solidárias, Paloma já se responsabilizou pela redação do informativo da rede "para pessoas que não têm Internet poder participar".
Além disso, foi convidada para escrever para o jornal "Sabotagem". E põe em prática, este mês, dois projetos: integrar um trabalho de prevenção de Aids com menores da Febem (Fundação do Bem-Estar do Menor) e participar de um projeto ecológico do Instituto Ecoar para a Cidadania.
Mas ainda dá tempo de curtir os amigos, MPB, rock, jazz, blues e new age, "meus gêneros preferidos". E de pedir para os amigos não jogar bituca de cigarro por aí, para "proteger as tartaruguinhas marinhas que comem as que vão para o mar e morrem".


Texto Anterior: Droga é a segunda mais consumida
Próximo Texto: Cartas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.