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De política e Aids à ecologia
FÁTIMA GIGLIOTTI
da Reportagem Local
Faculdade, Debate do Eleitor,
ecologia, prevenção de Aids, informativo da Rede Jovem, tudo isso
está na pauta do dia-a-dia da estudante do 3º colegial Paloma Klisys,
18, sem falar no livro que ela está
escrevendo sobre crack.
Paloma é filha única, os pais são
separados, não tem namorado
("Graças a Deus, namorado só enche o saco") e sempre se preocupou em ajudar os outros. Percebeu
que para fazer isso não precisava
esperar sair da faculdade nem
mesmo entrar. "Então saí desembestada procurando o que fazer. E
agora estou ocupada demais, mas
é bom, eu gosto."
Desde setembro de 98, ela participa das reuniões do Debate do
Eleitor, um comitê suprapartidário que pretende criar a Delegacia
do Eleitor "para fazer uma ponte
entre o eleitor e o Ministério Público, que é quem deveria ficar em cima dos políticos e não fica".
A idéia é começar por São Paulo
porque a delegacia só é reconhecida depois de dois anos de funcionamento. Mas também existe o
projeto de criar um site na Internet, com o histórico de todos os
políticos, um lugar para o eleitor
fazer reclamações. Durante o ano,
"a gente quer estimular discussões
vamos falar sobre política para
quem quiser ouvir".
Em março, mal começou a participar da Rede Jovem
(redejovem@egroups.com), grupo de garotas e garotos que se reúnem para bolar ações solidárias,
Paloma já se responsabilizou pela
redação do informativo da rede
"para pessoas que não têm Internet poder participar".
Além disso, foi convidada para
escrever para o jornal "Sabotagem". E põe em prática, este mês,
dois projetos: integrar um trabalho de prevenção de Aids com menores da Febem (Fundação do
Bem-Estar do Menor) e participar
de um projeto ecológico do Instituto Ecoar para a Cidadania.
Mas ainda dá tempo de curtir os
amigos, MPB, rock, jazz, blues e
new age, "meus gêneros preferidos". E de pedir para os amigos
não jogar bituca de cigarro por aí,
para "proteger as tartaruguinhas
marinhas que comem as que vão
para o mar e morrem".
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