UOL


São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ESCUTA AQUI

Espiã da coluna cai na balada com os Osbournes

Grove Pashley - 13.jan.03/Reuters
A partir da esq., Jack, Sharon, Ozzy e Kelly Osbourne


ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
COLUNISTA DA FOLHA

A sua vida anda chata? A minha anda. Parada. Monótona.
Você entrou recentemente no clube mais descolado de Los Angeles? Eu não. Encontrou Jack e Kelly Osbourne na balada? Comigo também não rolou.
Mas existe, no universo, a lei da compensação. Gente que se diverte 24 horas por dia -os "24-hour party people" da vida real. Esse povo contrabalança a vidinha arrastada que mortais como eu e você levamos. Fazendo a média da população planetária, sai um índice decente de balada per capita.
Às vezes (e como são raras essas vezes!), o mundo de quem se diverte encontra o dos manés. Como na coluna de hoje, em que uma ultradescolada espiã de "Escuta Aqui" relata com exclusividade suas aventuras pela noite de Los Angeles, a meca da indústria do entretenimento.
Vamos chamá-la, essa brasileira itinerante, de R.S. Segure-se na cadeira. R.S. e suas amigas têm muito para contar.
"Primeiro passo: entrar no Deluxe [o clube da hora em L.A.]. O lugar não tem nem placa. Seguimos umas indicações, vimos o segurança na porta e estacionamos o carro. O cara nos recebe superbem, faz brincadeira com minha identidade brasileira e nos abre as portas do paraíso. Ou do que deveria ser o paraíso. Naquela noite, a balada estava meio miada. Uns poucos se largavam nas mesas, ninguém dançava. Até perguntamos ao barman se estávamos no lugar certo. Estávamos. Fomos embora, enquanto o segurança implorava: "Não se vão, precisamos de brasileiras aqui!". Deixou a gente sair com a promessa de que voltaríamos na semana seguinte."
"Fomos para outra festa, mas esquecemos qual era o nome que deveríamos dizer na entrada. Apelamos para a cara-de-pau: contamos que vínhamos do Brasil e que tinham indicado essa balada para nós. O cara disse que éramos "nice people" e nos botou na lista de convidados! A festa, meio estranha, estava repleta da modelagem de L.A. Sorrisos de pasta de dente, gringos bebendo, gente dançando e tal. Cansou."
"Terceira etapa da noite: o Star Shoez, com "z" mesmo, um clube-bar bem bacana, com vitrine de loja de sapatos antigos. O DJ brasileiro Zé Gonzales toca lá. Aproveitando as amizades, conseguimos entrar, apesar de a festa ser fechada. Logo avistamos uma cabeleira poucas vezes vislumbrada na Terra. Um verdadeiro ninho de mafagafos. Só que o ninho usava óculos e tinha uma cara bem familiar. Era o Jack Osbourne! Cinco segundos depois, vimos um decote enorme, e uma franja caída no olho. Sim, Kelly também dava o ar da graça! Às 2h, como a lei da Califórnia manda, acabou tudo. Na saída, tomei um esbarrão de Jack. "Sorry", disse ele. Deu para ouvir Jack e a turma combinando continuar a festinha na mansão da família Osbourne. Fomos embora. Nossa noite já era um sucesso."
R.S. não me autorizou a divulgar mais nenhum detalhe. São os mistérios de quem se diverte 24 horas por dia.


Álvaro Pereira Júnior, 40, é editor-chefe do "Fantástico" em São Paulo
E-mail: cby2k@uol.com.br



Texto Anterior: Artes marciais: Kiai!!!
Próximo Texto: Brasas
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.