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ESCUTA AQUI
Espiã da coluna cai na balada com os Osbournes
Grove Pashley - 13.jan.03/Reuters
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A partir da esq., Jack, Sharon, Ozzy e Kelly Osbourne |
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
COLUNISTA DA FOLHA
A sua vida anda chata? A minha anda. Parada. Monótona.
Você entrou recentemente no clube mais
descolado de Los Angeles? Eu não. Encontrou
Jack e Kelly Osbourne na balada? Comigo
também não rolou.
Mas existe, no universo, a lei da compensação. Gente que se diverte 24 horas por dia
-os "24-hour party people" da vida real. Esse povo contrabalança a vidinha arrastada
que mortais como eu e você levamos. Fazendo a média da população planetária, sai um
índice decente de balada per capita.
Às vezes (e como são raras essas vezes!), o
mundo de quem se
diverte encontra o
dos manés. Como
na coluna de hoje,
em que uma ultradescolada espiã de
"Escuta Aqui" relata
com exclusividade suas aventuras pela noite
de Los Angeles, a meca da indústria do entretenimento.
Vamos chamá-la, essa brasileira itinerante,
de R.S. Segure-se na cadeira. R.S. e suas amigas têm muito para contar.
"Primeiro passo: entrar no Deluxe [o clube
da hora em L.A.]. O lugar não tem nem placa.
Seguimos umas indicações, vimos o segurança na porta e estacionamos o carro. O cara nos
recebe superbem, faz brincadeira com minha
identidade brasileira e nos abre as portas do
paraíso. Ou do que deveria ser o paraíso. Naquela noite, a balada estava meio miada. Uns
poucos se largavam nas mesas, ninguém dançava. Até perguntamos ao barman se estávamos no lugar certo. Estávamos. Fomos embora, enquanto o segurança implorava: "Não se
vão, precisamos de brasileiras aqui!". Deixou a
gente sair com a promessa de que voltaríamos
na semana seguinte."
"Fomos para outra festa, mas esquecemos
qual era o nome que deveríamos dizer na entrada. Apelamos para a cara-de-pau: contamos que vínhamos do Brasil e que tinham indicado essa balada para nós. O cara disse que
éramos "nice people" e nos botou na lista de
convidados! A festa, meio estranha, estava repleta da modelagem de L.A. Sorrisos de pasta
de dente, gringos bebendo, gente dançando e
tal. Cansou."
"Terceira etapa da noite: o Star Shoez, com
"z" mesmo, um clube-bar bem bacana, com vitrine de loja de sapatos antigos. O DJ brasileiro Zé Gonzales toca lá. Aproveitando as amizades, conseguimos entrar, apesar de a festa
ser fechada. Logo avistamos uma cabeleira
poucas vezes vislumbrada na Terra. Um verdadeiro ninho de mafagafos. Só que o ninho
usava óculos e tinha uma cara bem familiar.
Era o Jack Osbourne! Cinco segundos depois,
vimos um decote enorme, e uma franja caída
no olho. Sim, Kelly também dava o ar da graça! Às 2h, como a lei da Califórnia manda,
acabou tudo. Na saída, tomei um esbarrão de
Jack. "Sorry", disse ele. Deu para ouvir Jack e a
turma combinando continuar a festinha na
mansão da família Osbourne. Fomos embora.
Nossa noite já era um sucesso."
R.S. não me autorizou
a divulgar mais nenhum
detalhe. São os mistérios
de quem se diverte 24
horas por dia.
Álvaro Pereira Júnior, 40, é editor-chefe do "Fantástico" em São Paulo
E-mail: cby2k@uol.com.br
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