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São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

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MÚSICA

Nicky, do Westlife, acha que, enquanto houver garotas, sim

Boys band são para sempre?

RICARDO LISBÔA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Menino só por ser loirinho dos olhos azuis não é um grande atrativo no hemisfério Norte. Mas, se arranjar mais uns quatro que dancem e cantem com ele, um bom produtor musical e uma grande gravadora com vontade de investir, aí o sucesso mundial vira quase uma obrigação.
Foi assim com Nicholas Bernard James Adam Byrne ou simplesmente Nicky, do grupo irlandês Westlife. Ele sempre foi estimulado pelo pai, que era músico de boate, a seguir a carreira artística. Ao entrar para o conjunto, foi como se as preces de seu pai tivessem sido atendidas com bônus.
O quinteto, que é o caçula na turma de Take That, Backstreet Boys e Boyzone, lançou no fim de 2002 sua coletânea de maiores hits depois de apenas quatro anos de carreira.
Como no mundo fonográfico a época de lançamento de compilações é geralmente a mesma de reavaliação da carreira, o Folhateen aproveitou uma entrevista por telefone com um gripado Nicky, direto da casa onde morou com os pais, em Londres, para perguntar se esse último álbum seria realmente o último. "Estamos mais fortes do que nunca", respondeu ele.
Nicky afirma que o repentino fim do grupo norte-americano Five não vai se repetir com o Westlife nem abalou o mercado para as boy bands. "Eles nem eram tão amigos, nós sempre estamos juntos e, não sei como é no Brasil, mas eles nunca tiveram nem sequer um quarto do sucesso que nós temos ao redor do mundo. Enquanto houver garotas novinhas, elas vão crescer e gostar de boy bands; vão fazer balé e imitar as boy bands, por isso é que esse tipo de grupo nunca vai acabar", ameaça.
Quanto a uma carreira solo, ele dá a certeza de que ninguém no grupo quer tentar a vida sozinho. Segundo Nicky, o Westlife continua fazendo boas músicas e todos ainda se gostam muito para que algum deles faça um trabalho paralelo.
Babas poliglotas
Para os (as, deve ser mais sensato) fãs do Brasil, o cantor soltou uma promessa enquanto falava das dificuldades de cantar em espanhol: "Foi muito bom e muito difícil cantar em espanhol e ficamos gratos quando soubemos que conseguimos um grande sucesso em países de língua hispânica. Por isso queremos cantar onde nossos fãs estiverem, seja em japonês, alemão ou em português, por que não?".
Enquanto os leitores de fãs-clubes largam a matéria aqui para começarem os abaixo-assinados pedindo pelo disco dos irlandeses na língua do grupo Dominó, Nicky ainda conta que a América do Sul, incluindo o Brasil, está nos planos de uma turnê mundial que o Westlife pretende fazer a partir do meio de 2003, que, se Bush deixar, deve passar até pelo Oriente Médio.
Quem quiser agradar ao rapaz quando ele passar por aqui, o que deve ser na época de seu aniversário, em 10 de setembro, pode ficar na porta do hotel com suvenires das cantoras Pink ou Avril Lavigne, que são as preferidas em seu CD player. A grande questão é se alguém ainda se lembrará delas ou do Westlife até o fim do ano.


Para ouvir a música "Flying Without Wings" com o Westlife , ligue para 0/xx/11/3471-4000 e digite 4.

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