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MÚSICA
Nicky, do Westlife, acha que, enquanto houver garotas, sim
Boys band são para sempre?
RICARDO LISBÔA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Menino só por ser loirinho dos
olhos azuis não é um grande
atrativo no hemisfério Norte. Mas,
se arranjar mais uns quatro que
dancem e cantem com ele, um bom
produtor musical e uma grande
gravadora com vontade de investir,
aí o sucesso mundial vira quase
uma obrigação.
Foi assim com Nicholas Bernard
James Adam Byrne ou simplesmente Nicky, do grupo irlandês Westlife. Ele sempre foi estimulado pelo
pai, que era músico de boate, a seguir a carreira artística. Ao entrar
para o conjunto, foi como se as preces de seu pai tivessem sido atendidas com bônus.
O quinteto, que é o caçula na turma de Take That, Backstreet Boys e
Boyzone, lançou no fim de 2002 sua
coletânea de maiores hits depois de
apenas quatro anos de carreira.
Como no mundo fonográfico a
época de lançamento de compilações é geralmente a mesma de reavaliação da carreira, o Folhateen
aproveitou uma entrevista por telefone com um gripado Nicky, direto
da casa onde morou com os pais,
em Londres, para perguntar se esse
último álbum seria realmente o último. "Estamos mais fortes do que
nunca", respondeu ele.
Nicky afirma que o repentino fim
do grupo norte-americano Five não
vai se repetir com o Westlife nem
abalou o mercado para as boy
bands. "Eles nem eram tão amigos,
nós sempre estamos juntos e, não
sei como é no Brasil, mas eles nunca
tiveram nem sequer um quarto do
sucesso que nós temos ao redor do
mundo. Enquanto houver garotas
novinhas, elas vão crescer e gostar
de boy bands; vão fazer balé e imitar
as boy bands, por isso é que esse tipo de grupo nunca vai acabar",
ameaça.
Quanto a uma carreira solo, ele dá
a certeza de que ninguém no grupo
quer tentar a vida sozinho. Segundo
Nicky, o Westlife continua fazendo
boas músicas e todos ainda se gostam muito para que algum deles faça um trabalho paralelo.
Babas poliglotas
Para os (as, deve ser mais sensato)
fãs do Brasil, o cantor soltou uma
promessa enquanto falava das dificuldades de cantar em espanhol:
"Foi muito bom e muito difícil cantar em espanhol e ficamos gratos
quando soubemos que conseguimos um grande sucesso em países
de língua hispânica. Por isso queremos cantar onde nossos fãs estiverem, seja em japonês, alemão ou em
português, por que não?".
Enquanto os leitores de fãs-clubes
largam a matéria aqui para começarem os abaixo-assinados pedindo
pelo disco dos irlandeses na língua
do grupo Dominó, Nicky ainda conta que a América do Sul, incluindo o
Brasil, está nos planos de uma turnê
mundial que o Westlife pretende fazer a partir do meio de 2003, que, se
Bush deixar, deve passar até pelo
Oriente Médio.
Quem quiser agradar ao rapaz
quando ele passar por aqui, o que
deve ser na época de seu aniversário,
em 10 de setembro, pode ficar na
porta do hotel com suvenires das
cantoras Pink ou Avril Lavigne, que
são as preferidas em seu CD player.
A grande questão é se alguém ainda
se lembrará delas ou do Westlife até
o fim do ano.
Para ouvir a música "Flying Without Wings" com o Westlife , ligue para 0/xx/11/3471-4000 e digite 4.
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