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Entenda as justificativas dos ataques
MARCELO STAROBINAS
especial para a Folha
Os ataques aéreos da Otan
sobre a Iugoslávia começaram há um mês. Os aliados
ocidentais, liderados pelos
EUA, acusam o presidente
iugoslavo, Slobodan Milosevic, de praticar "limpeza
étnica" contra a população
de etnia albanesa da Província de Kosovo.
A ação tinha como objetivo proteger os kosovares albaneses. Mas conseguiu
piorar mais sua situação.
As tropas de Milosevic
aceleraram sua expulsão.
Segundo a Otan, mais de
960 mil albaneses (de um
total de cerca de 1,8 milhão
na Província) tiveram de
deixar o país. A maioria foi
para Albânia e Macedônia.
O governo iugoslavo afirma estar combatendo guerrilheiros separatistas albaneses de Kosovo. Diz que a
região é importante, por ser
o berço do nacionalismo
sérvio (a Sérvia, com a República de Montenegro,
compõe a atual Iugoslávia).
Belgrado acusa a Otan de
agredir um Estado soberano sem autorização da
ONU (a aliança militar não
levou o assunto a votação
no Conselho de Segurança).
Para suspender o fogo, a
Otan exige que Milosevic
retire suas tropas, permita a
volta dos refugiados e a entrada de forças de manutenção de paz em Kosovo.
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