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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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Games on-line em celular são a nova arma

Empresas copiam estratégia dos vírus

FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL A PARIS

Neste mês, a Nokia teve a confirmação de que seu investimento já tem retorno. Na mesma semana do lançamento mundial do N-Gage (um 3 em 1 que é game, MP3 player e telefone), a fabricante de celulares recebeu a notícia de que é a marca de aparelhos preferida dos adolescentes. Foi esse o resultado da pesquisa "Top of Mind", realizada pelo Datafolha, que aponta as marcas mais lembradas do ano.
Com isso, o N-Gage, cujo lançamento envolveu uma mega ação de pré-lançamento na Europa (leia texto ao lado), ganhou caráter de sonho.
"Essas ações de pré-lançamento são muito importantes para criar uma agitação entre os jovens. É uma coisa viral, um conta para o outro", explica Wal Flor, gerente de marketing da Nokia.
O aparelho, que reúne música, games e comunicação, parece algo irresistível, a não ser pelo preço: salgados R$ 1.699.

Corrida
É quase uma raridade hoje encontrar um jovem de classe média que não tenha celular. Entre aqueles já acostumados ao luxo da livre comunicação com os amigos, também são raros os que não estão no auge da febre das mensagens de texto.
Cientes disso, as empresas de telefonia celular e os fabricantes de aparelhos estão cada vez mais ligados nos gostos e nos hábitos da juventude brasileira. De repente, em comerciais e em outdoors, homens engravatados e mulheres de tailleur - gente de negócios que tem a vida infinitamente facilitada por um celular fácil e moderno- foram substituídos pela "turma jovem". Nas campanhas da BCP, os protagonistas são desenhos de jovens descolados. Nas da Vivo, a síntese é ainda maior: o logo é um bonequinho colorido.
"O jovem está sendo incorporado em massa pela telefonia", avalia Roger Solé, diretor de negócios de dados da Vivo.
De olho na associação celular-game, já efetivada pela Nokia, a Vivo promove um torneio de games de celular em rede nacional. Os torneios acontecem todos os finais de semana, até 9/11, nas lojas da rede de LAN houses Monkey. "É uma ação para satisfazer a necessidade do segmento jovem de entretenimento, além da comunicação "cool" das mensagens de texto", explica Solé.


A jornalista Fernanda Mena viajou a Paris a convite da Nokia


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