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O vendedor é
sempre um
amigo
da Reportagem Local
O perfil de quem vende o LSD se
confunde com o do consumidor
da droga. Na maioria dos casos são
jovens de classe média, que já viajaram para o exterior ou conhecem alguém que mora fora do
país, consomem outras drogas e
não usam o dinheiro da venda da
droga para sobreviver.
B.M., 25, trabalha com informática e vende ácidos desde que teve
seu primeiro contato com a droga,
aos 16 anos. "Foi em Ubatuba
(SP). Tomamos um "coringa', um
tipo bastante popular na época.
Quando você começa a tomar vai
descobrindo vários canais para a
compra. Uns são feitos no Brasil, e
outros, no exterior", conta.
Sua clientela se restringe a amigos e a amigos de amigos. "Comecei a vender para poder consumir.
Há dois anos costumava tomar
dois por dia. Hoje uso pelo menos
um por fim-de-semana", diz ele.
M.J., 24, também vende ácidos
para garantir o próprio consumo.
"O ácido virou um ritual em grupo. Todos consomem juntos antes
de sair para a balada e ficam preocupados uns com os outros para
saber se "bateu'", conta ele. Apesar
de sempre vender tudo o que tem,
M.J. diz que não faz o tráfico pelo
dinheiro: "Se quisesse ganhar,
venderia para qualquer um".
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