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Entidade mantém papel político
DA REDAÇÃO
A União Nacional dos
Estudantes foi fundada em 11 de agosto
de 1937 no Rio, mas
seu estatuto só foi
aprovado em dezembro de 1938, quando
foi eleita a primeira diretoria, presidida por
Valdir Ramos Borges.
Desde o início a UNE
teve um papel político
importante, promovendo campanhas nacionalistas -em prol
da siderurgia nacional
(anos 30/40) e do monopólio estatal do petróleo (anos 40/50)- e
em defesa do ensino
superior gratuito.
Sua relação com o
governo sempre foi
conflituosa -o que
contribuiu para que a
entidade nunca se alinhasse ao principal
partido governista. De
45 a 56, a UDN (direita) e o PSB (esquerda)
se revezaram na presidência da UNE. Na
gestão JK (56-61), a esquerda tornou-se hegemônica.
Em 61, uma aliança
de católicos e de comunistas assumiu a entidade, que apoiou a
posse de João Goulart
(PTB) na Presidência e
as reformas de base. O
movimento militar de
64 depôs Goulart e pôs
a UNE na ilegalidade.
Mesmo assim, ela liderou passeatas e protestos contra os militares até 1968, quando
seus principais líderes
foram presos no 30º
congresso, em Ibiúna
(SP). Desmantelada
pela repressão, a entidade só foi reconstruída em 1979, quando o
PC do B conquistou
sua presidência. A
UNE apoiou a campanha das diretas-já, em
1984, e foi legalizada
após o fim do regime
militar, em 1985. Em
1992, defendeu o impeachment de Collor.
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