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São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2003

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Entidade mantém papel político

DA REDAÇÃO

A União Nacional dos Estudantes foi fundada em 11 de agosto de 1937 no Rio, mas seu estatuto só foi aprovado em dezembro de 1938, quando foi eleita a primeira diretoria, presidida por Valdir Ramos Borges.
Desde o início a UNE teve um papel político importante, promovendo campanhas nacionalistas -em prol da siderurgia nacional (anos 30/40) e do monopólio estatal do petróleo (anos 40/50)- e em defesa do ensino superior gratuito.
Sua relação com o governo sempre foi conflituosa -o que contribuiu para que a entidade nunca se alinhasse ao principal partido governista. De 45 a 56, a UDN (direita) e o PSB (esquerda) se revezaram na presidência da UNE. Na gestão JK (56-61), a esquerda tornou-se hegemônica.
Em 61, uma aliança de católicos e de comunistas assumiu a entidade, que apoiou a posse de João Goulart (PTB) na Presidência e as reformas de base. O movimento militar de 64 depôs Goulart e pôs a UNE na ilegalidade.
Mesmo assim, ela liderou passeatas e protestos contra os militares até 1968, quando seus principais líderes foram presos no 30º congresso, em Ibiúna (SP). Desmantelada pela repressão, a entidade só foi reconstruída em 1979, quando o PC do B conquistou sua presidência. A UNE apoiou a campanha das diretas-já, em 1984, e foi legalizada após o fim do regime militar, em 1985. Em 1992, defendeu o impeachment de Collor.


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