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INTERNETS
RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com
Vamos fazer transmídia?
JÁ OUVIU falar de "transmídia"? É o termo do momento. Em resumo, é a possibilidade de contar histórias em
diversas mídias, inclusive
com a participação dos fãs.
Um exemplo é a série
"Matrix". Para conhecer todos os detalhes da trama,
não basta assistir aos três
filmes. É preciso jogar o game, assistir às animações,
ler os quadrinhos e até mesmo acompanhar os remixes
e as gozações na internet,
que acabaram expandindo
o universo da série.
Outro exemplo é o filme
"Star Wars Uncut", lançado
há duas semanas. A ideia é
ambiciosa: refilmar cada
cena do primeiro "Guerra
nas Estrelas", de 1977, só
que por fãs em todo o mundo, cada um fazendo uma
parte do longa.
Houve gente usando
computação gráfica, bonecos ou até amigos para recriar tudo em casa. O resultado é engraçado (dá para
ver aqui: bit.ly/dljXO). Tudo muda em poucos segundos, mas a história original
está lá. Sucesso.
Apesar da empolgação
com transmídia, o conceito
tem desafios. Uma narrativa que se desdobra em mídias diferentes demanda
tempo para que as pessoas
prestem atenção a tudo.
E atenção é um produto
escasso hoje: a maioria não
consegue acompanhar as
tramas paralelas. Por isso, é
fundamental criar maneiras de medir a audiência
dos produtos transmídia.
Esse é o primeiro passo
para entender seu efetivo valor comercial.
Outro ponto é que grande
parte das práticas "transmídia" não são feitas por fãs,
mas por gente que quer reinventar alguma ideia.
Basta ver os inúmeros vídeos derivados do horário
eleitoral brasileiro. Na TV
eles são uma chatice. Mas,
recontextualizados na internet, são diversão garantida.
Sou fã do conceito de
transmídia. Ele consegue, de
um jeito elegante, ampliar o
debate sobre a "cultura do
remix", atraindo o interesse
de grandes empresas.
Quer mais informações?
Escute o meu podcast de hoje na Folha.com, em que
conto mais detalhes. Isso é
transmídia.
MONITOR
Já era
Fazer um "blockbuster"
Já é
Fazer um "viral"
Já vem
Fazer um produto "transmídia"
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