São Paulo, segunda-feira, 30 de outubro de 2000

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Trilha mostra que Rob é romântico

DA REPORTAGEM LOCAL

Rob Fleming, o protagonista de "Alta Fidelidade", pode ser cheio de defeitos -ele admite que não tratou muito bem as suas poucas namoradas-, mas é um romântico. E a melhor forma de perceber isso é dar uma olhada na sua coleção de discos em vinil -organizada não em ordem cronológica ou alfabética, mas autobiográfica-, na trilha sonora que envolve sua vida.
Música emociona, e a adaptação para o cinema tem esse bônus em relação ao livro. A trilha de "Alta Fidelidade", lançada no Brasil pela Roadrunner, é eclética de propósito, viaja no tempo, traz vários estilos, mistura medalhões e novatos, dá uma salada das boas.
Há uma certa preferência por artistas surgidos nos anos 60, da protopsicodelia norte-americana de The Thirteenth Floor Elevators, Love e The Velvet Underground (que colabora com "Oh! Sweet Nuthin'" e "Who Loves the Sun"), passando por The Kinks, Bob Dylan e uma obra-prima de Stevie Wonder, "I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever)".
Entre os mais modernos, estão John Wesley Harding, Sheila Nicholls, The Beta Band, Bill Callahan e seu Smog, Stereolab e Royal Trux -grupo formado a partir do Pussy Galore, ex-banda de Jon Spencer.
E não podemos nos esquecer da versão para "Let's Get It On", de Marvin Gaye, interpretada pelo ator Jack Black (Barry, no filme) e, claro, de Elvis Costello, que não podia ficar de fora -a trilha foge do óbvio e não traz "High Fidelity", mas isso não chega a ser um problema. (MV)



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