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OS FILHOS
Estudantes pedem paciência no período que antecede as provas dos processos seletivos
DA REPORTAGEM LOCAL
"Os pais precisam ter paciência
e compreensão com os vestibulandos, pois, quando passamos
pelo período do vestibular, temos
muita coisa na cabeça, e ficar
pressionando não ajuda em nada", afirma Luciana Botter, 21, estudante de psicologia. Ela diz que
o momento de maior pressão foi
aquele em que ela decidiu mudar
a sua opção de carreira -de direito para psicologia. "A novidade
não foi aceita com facilidade. Tive
de convencer meus pais de que estava certa sobre a minha escolha."
Ela diz que a sua família aproveitava os momentos em que estavam reunidos, como a hora do
jantar, para conversar sobre os
problemas que enfrentava. As discussões poderiam ser sobre a escolha da carreira, sobre os estudos
ou sobre os obstáculos do cotidiano. Segundo ela, as conversas a
ajudaram a ficar mais calma e segura quanto ao caminho que havia escolhido.
O vestibulando também deve
estar preparado para as eventualidades que surgirem nos meses
que antecedem as provas.
Samir Saraiva Cheida, 22, que
cursa audiovisual, diz que a avó ficou gravemente doente enquanto
ele estudava para os exames do
processo seletivo.
"Em alguns momentos, foi difícil me concentrar, pois o ambiente era triste e havia a agitação para
levar a minha avó ao médico e para fazer os exames de saúde."
Cheida diz que teve de tentar
isolar-se dos acontecimentos para
conseguir manter o ritmo de estudos que mantinha anteriormente.
Juliana Fochi Silveira Araújo,
20, estudante de psicologia, afirma que enfrentou uma grande
pressão de sua família. Os avós e
os pais são médicos e queriam
que ela seguisse essa profissão.
"Eles diziam que psicologia não
era carreira e não me motivavam
para seguir o curso."
Araújo diz que colocou o "peso" de sua escolha nos ombros
para encontrar estímulo para estudar. "Tinha de pensar que a minha opção seria para toda a vida.
E eu queria psicologia." Ela afirma que, caso não tivesse passado
no vestibular, teria ficado ressentida com os pais. A estudante diz
que o interesse da família somente foi maior quando ela já estava
fazendo a matrícula para o curso.
"Queria que eles tivessem se interessado desde o princípio."
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