São Paulo, terça-feira, 05 de fevereiro de 2008
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Mesmo frustrados, pais devem apoiar e respeitar vontades de filho que não passou

DA REDAÇÃO

O papel dos pais continua sendo importante, ainda mais quando o vestibulando não é aprovado. É normal surgir o sentimento de frustração nesse momento, mas o melhor que os pais fazem é apoiar os filhos.
Segundo a psicóloga Patrícia Gugliotta, os pais não devem ficar falando frases que acham positivas, como: "Ai, filho, tenho certeza de que na próxima você passa". "Isso só vai piorar a situação do estudante, porque ele queria ter passado agora, e não na próxima", diz Gugliotta.
Ela aconselha que os pais dêem espaço para os filhos. "Se ele quiser ficar na dele, em silêncio, os pais devem deixar. Conversar, só se o filho quiser e trouxer o assunto, senão, não." Em último caso, se os pais virem que o filho não está conseguindo se recuperar da reprovação, "o melhor é procurar um especialista".
"Ao não passar, o vestibulando frusta não só a ele como a família também. Mas é a hora em que todos em casa devem aprender a lidar com a ansiedade e a expectativa", diz o terapeuta Geraldo Massaro. "O vestibular é importante, mas não é "a" decisão da vida de ninguém."
Suely Guimarães, psicóloga e professora aposentada da Universidade de Brasília, diz que "se o filho estudou o ano inteiro, não tem razão para os pais ficarem bravos". Ela justifica: "Existe uma desproporção enorme entre o número de candidatos e o de vagas. Mesmo o aluno mais brilhante tem chance de não passar". Outro aspecto que ela aponta é o fato de ter ocorrido algo no dia da prova: "Tem que pensar que aluno pode ter tido algum problema no dia, como ansiedade, ou errou uma questão de bobeira."
Guimarães sugere que os pais conversem com o filho reprovado. "É bom para desenvolver estratégias para o próximo vestibular. Porque esse, já passou."


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