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FÍSICA
A ciência da medida
TARSO PAULO RODRIGUES
ESPECIAL PARA A FOLHA
A história das civilizações sempre foi acompanhada da necessidade de medir as coisas. No início, cada país, cidade ou região
possuía sua própria unidade de
medida. Unidades como côvado
-que equivalia a três palmos-,
jarda -igual a 914 milímetros-,
braça -equivalente a 2,20 metros-, pé, polegada e medidas de
massa como onça e grão -que
teve origem no peso de sementes
de trigo ou cevada-, entre outras, provocavam confusão no comércio internacional e no feito
entre regiões vizinhas, por serem
definidas por padrões locais.
Em 1790, a Academia Francesa
de Ciência propôs que todas as
unidades de comprimento fossem substituídas por uma única, o
metro. Sua extensão foi determinada como sendo "a décima milionésima parte da distância entre
o pólo Norte e o Equador terrestre, medida pelo meridiano que
passa por Paris". Essa medida é
representada por uma barra de
platina e irídio que se encontra
guardada no pavilhão de Breteuil,
em Sèvres (França). A unidade de
massa, o grama, passou a ser definida como "a massa de um centímetro cúbico de água a 4C".
A elaboração do sistema métrico decimal, o primeiro sistema
planejado de pesos e medidas, foi
um legado da Revolução Francesa. A criação desse sistema, mais
moderno e adequado para o comércio e para a ciência, fez com
que, após 1850, vários países o
adotassem, inclusive o Brasil. Em
1875, a unidade de massa foi redefinida para quilograma, equivalente a mil gramas, e fabricou-se
um novo padrão internacional.
Atualmente, o metro é definido
como sendo "o comprimento do
trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de segundo".
Devido ao desenvolvimento
científico e à descoberta de novas
grandezas físicas, a Conferência
Internacional de Pesos e Medidas
de 1960 substituiu o sistema métrico decimal pelo Sistema Internacional de Unidades (S.I.). De
acordo com esse sistema, são sete
as unidades fundamentais: metro,
quilograma, segundo, ampère
-para medir a intensidade da
corrente elétrica-, kelvin -como unidade de temperatura-,
mol -para a quantidade de matéria- e candela -que mede a
intensidade luminosa. São ainda
adotadas unidades derivadas, como o newton (unidade de força) e
o joule (unidade de energia).
Tarso Paulo Rodrigues é professor e
coordenador de física do Colégio Augusto Laranja e da Nova Escola
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