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      São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003
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GEOGRAFIA

Fontes primárias de energia - 1

EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA

A capacidade de geração de energia de um país é decisiva para o seu desenvolvimento socioeconômico, tanto que, geralmente, quanto maior o consumo per capita de energia de uma população, melhor é a sua qualidade de vida.
O setor energético brasileiro passou por uma série de transformações nos últimos anos e, como os vestibulares são sensíveis aos temas dinâmicos, convém recordarmos alguns aspectos da questão energética do país.
A maior parte das questões das provas costuma referir-se ao consumo de fontes primárias, que é o nome dado às formas de energia geradas pela natureza. São divididas em dois grupos. As renováveis, como energia hidráulica e biomassa, e as não-renováveis, como petróleo, gás natural e carvão mineral, entre outras.
Não muito tempo atrás, em 1970, a fonte de energia mais consumida no Brasil era a biomassa. Essa forma de energia é composta principalmente por cana-de-açúcar e lenha.
Nessa época, a lenha representava um pouco mais de 40% do consumo total de energia. Em apenas 30 anos, sua participação na estrutura de consumo caiu para próximo de 10%. Seu consumo vinha declinando havia algum tempo, enquanto a participação do petróleo aumentava, até que, no início dos anos 70, esse hidrocarboneto passou a ser a fonte mais consumida no país.
Essa situação durou até o final dos anos 80 e, de lá para cá, a fonte mais utilizada é a energia hidráulica, que responde por, aproximadamente, 40% do consumo de energia primária -quase em sua totalidade utilizada para gerar energia elétrica.
Essas e outras modificações na estrutura de consumo de energia primária, como o crescimento da utilização de derivados da cana, decorreram de vários fatores que analisaremos na próxima coluna.


Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus


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