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ATUALIDADES
O marketing nuclear da Coréia do Norte
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
No aniversário de 55 anos do
surgimento da Coréia do Norte, os EUA e a Rússia fizeram um
alerta ao presidente Kim Jong-il,
exigindo a suspensão do projeto
de construção da bomba atômica.
Acusado por George W. Bush de
pertencer ao "eixo do mal", ao lado do Irã e do Iraque, o governo
norte-coreano insiste na retomada do seu programa nuclear.
A península da Coréia esteve
ocupada pelo Japão até o final da
Segunda Guerra, quando foi dividida em dois Estados: uma ditadura comunista no norte, sob a
tutela da URSS, e um regime anticomunista no sul, apoiado pelos
EUA. Três anos mais tarde, em
1948, surgiram a República da Coréia (Coréia do Sul) e a República
Democrática Popular da Coréia, a
Coréia do Norte, comunista.
Durante a Guerra Fria, tropas
do sul e do norte entravam constantemente em choque na fronteira. Até que, determinado em
unificar o país sob a bandeira comunista, o governo norte-coreano ordenou uma ofensiva contra
o sul. Foi o início da Guerra da
Coréia (1950-1953), que selou o
isolamento definitivo dos países.
Mergulhada numa crise econômica após a desintegração da
URSS, em 1991, a Coréia do Norte
foi obrigada a romper o isolamento. Assinou com os EUA, em 1994,
um acordo de desarmamento.
Mas, com base em suspeitas de
que a Coréia do Norte houvesse
retomado seu programa nuclear
em 2002, Washington interrompeu o diálogo, e Pyongyang anunciou o rompimento com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
Agora, a Coréia do Norte declara ter concluído a reciclagem de
combustível nuclear, produzindo
plutônio suficiente para fabricar
seis bombas atômicas. Suspeita-se que isso seja jogo de cena. Além
de ajuda econômica, a Coréia do
Norte exige dos EUA a assinatura
de um pacto de não-agressão e a
retirada dos 37 mil soldados da
fronteira com a Coréia do Sul.
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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