ELIANA COLLUCCI
ESPECIAL PARA A FOLHA

O ciclo de vida dos animais é relativamente simples: indivíduos adultos diplóides produzem gametas haplóides por meiose. Os gametas (masculino e feminino) se fundem para formar o zigoto que cresce por mitose para tornar-se um novo indivíduo. Nas plantas, há uma grande variedade de ciclos de vida. Entre os grupos de "algas verdes" de Viridophyta (plantas verdes), a alternância entre gametófito haplóide e esporófito diplóide (desenvolvidos e independentes) é comum. Em Codium (Ulvophyceae), ocorre ciclo de vida similar ao dos animais, no qual os gametas representam a única fase haplóide. Nas charófitas, o indivíduo adulto é haplóide e produz gametas por mitose que se fundem (singamia) para formar um zigoto diplóide.
As embriófitas (plantas terrestres) exibem ciclo de vida marcado pela alternância de geração, isto é, uma fase diplóide (esporófito) e uma fase haplóide (gametófito). Nos grupos basais de Embriophyta (alguns fósseis e "briófitas"), a fase gametofítica é dominante e o esporófito é pequeno e dependente do gametófito. Nas plantas vasculares, o esporófito torna-se dominante e nutricionalmente independente e há uma progressiva redução no tamanho do gametófito.
Nas espermatófitas, não se verifica alternância de geração típica, pois não há formação de um indivíduo haplóide independente. A fase gametofítica é muito reduzida, representada por um grupo de células. Nas gimnospermas e nas angiospermas, o gametófito masculino é formado no interior do micrósporo e o gametófito feminino se origina a partir do megásporo. Nas gimnospermas, o gametófito feminino diferencia-se em dois ou três arquegônios, cada um originando um gameta feminino. O gametófito feminino das angiospermas está reduzido a algumas células contidas no interior do óvulo e não há formação de arquegônios.