São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002
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REDAÇÃO DO LEITOR

Texto peca por apenas tangenciar tema proposto

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Apesar de conter idéias relativas ao processo eleitoral, o texto parece ter ignorado a questão proposta. Em nenhum momento tratou dos fatores que levam o eleitor a votar em um determinado candidato. Nada comentou sobre os critérios de escolha, conforme foi solicitado. Pode-se dizer que apenas tangenciou o tema sugerido pelo Fovest.
Baseado no discurso de oposição entoado por todas as candidaturas, o redator acredita que a população já veja com clareza o seu papel de agente transformador da sociedade. Credita ao povo a consciência do poder que tem nas mãos, poder que delega aos políticos por meio do voto -embora aponte ainda a existência de resquícios de velhas práticas inescrupulosas, perpetradas por políticos notadamente mal-intencionados.
Causa alguma surpresa o aparte em que, num raciocínio um tanto simplista, parece responsabilizar a democracia por certo desinteresse pela política, comum entre os jovens eleitores. As implicações de um raciocínio como esse não se coadunam com o tom crítico do restante do texto.
A conclusão mostra a preocupação que se tem generalizado entre os leitores: a necessidade de fiscalizar os atos dos candidatos eleitos, dado que o eleitor é co-responsável tanto pelas glórias como pelos fracassos vindouros.
Apesar de trazer boas idéias ao debate em questão, o texto, infelizmente, não respondeu satisfatoriamente à proposta.


Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha


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