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ATUALIDADES
China avança em direção ao capitalismo
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
Encerrado em 15 de novembro, o
16º Congresso do Partido Comunista da China (PCC) oficializou a nomeação de Hu Jintao para a Presidência do país. O secretário-geral do PCC e atual presidente chinês, Jiang Zemin, criticou o anacronismo ideológico do
partido e reafirmou sua teoria das
"Três Representações".
Segundo a nova diretriz, é preciso representar não apenas os operários e camponeses mas as "forças produtivas avançadas", ou seja, os empresários, investidores e
administradores privados que estão ajudando a construir o socialismo chinês, como disse Zemin.
Marcado por sucessivas revoluções, o país experimentou mudanças significativas antes e depois da morte do Grande Timoneiro da Revolução Chinesa, Mao
Tse-tung, ocorrida em 1976. No
início dos anos 70, o país rompeu
com a ex-URSS e estreitou relações com o Ocidente. Ingressou
no Conselho de Segurança da
ONU (1971) e recebeu a visita do
presidente dos EUA Richard Nixon em 1972.
Sob o comando de Deng Xiaoping a partir dos anos 80, abriu-se
aos investimentos estrangeiros
com a criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEE) e incentivou a propriedade privada no
campo. Esse modelo, denominado "economia socialista de mercado", proporcionou ao país um
vigoroso crescimento econômico.
Zemin, o atual presidente, assumiu em 1997, após a morte de
Deng. Deu continuidade às reformas, implementando um gigantesco programa de privatização
de empresas estatais, encontrou-se com Bill Clinton em visita aos
EUA e oficializou o ingresso da
China na Organização Mundial
do Comércio (OMC) em 2002.
Apesar das conquistas econômicas, é preciso lembrar que a
China, diferentemente da ex-URSS, promoveu reformas sem
alterar a sua estrutura política.
Roberto Candelori é coordenador da Cia.
de Ética, professor da Escola Móbile e do
Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
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