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CARREIRA/MEDICINA
SALÁRIOS SÃO MELHORES, MAS PROFISSIONAL FICARÁ DISTANTE DOS CENTROS DE ENSINO
Interior do país é alternativa a mercado concorrido
LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o mercado cada vez mais
saturado nos grandes centros
urbanos, o médico encontrará no
interior do país boas oportunidades de emprego. A maior carência
desse profissional está nas regiões
Norte e Nordeste.
Segundo Roberto Luiz d'Ávila,
corregedor do Conselho Federal
de Medicina, os profissionais de
saúde estão concentrados nas capitais e nas cidades litorâneas.
Atualmente estão na ativa cerca
de 260 mil médicos e, devido ao
aumento do número de faculdades de medicina, cerca de 10 mil
alunos se formam todos os anos.
"Há duas opções para os profissionais: dedicar-se a uma especialização nas grandes cidades ou clinicar no interior", disse.
O salário médio do profissional
que atua no meio rural é mais
atrativo que o daquele que trabalha na capital. Segundo uma pesquisa do órgão, nos centros urbanos, os pagamentos variam de R$
2.500 a R$ 3.000. No interior, essa
média chega a dobrar.
Mas, no interior, costuma haver
menos infra-estrutura para o desenvolvimento das atividades
profissionais e, além disso, o recém-formado se distancia das
instituições de pesquisa e de ensino -o que poderá dificultar os
seus projetos de mestrado ou de
doutorado. Para não ficar desatualizado em relação aos avanços
em sua área, o médico deve freqüentar cursos e congressos.
O profissional que trabalha longe dos grandes centros comumente vai atuar na área de clínica
geral, encaminhando, se necessário, o paciente para tratamento
especializado em outras cidades.
Programa
O Programa Saúde da Família,
do Ministério da Saúde, é uma das
opções para o profissional que
quer atuar no interior. O atendimento é prestado por uma equipe
de profissionais em uma unidade
básica de saúde ou no domicílio
de uma família. Cada equipe possui no mínimo um médico. Trata-se de ação de prevenção, de promoção e de recuperação da saúde
das pessoas.
O programa funciona atualmente em 4.114 municípios. Cada
equipe atende de 600 a 1.000 famílias -3.475 pessoas em média.
Hoje são aproximadamente 16
mil as equipes que atuam no país,
oferecendo atendimento a cerca
de 53 milhões de indivíduos. A
meta do ministério é ampliar para
20 mil o número de equipes até o
fim do ano.
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