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MUITOS PROFESSORES EXIGEM LEITURA PRÉVIA DO CONTEÚDO QUE SERÁ APRESENTADO EM SALA
Forma de aluno assistir às aulas também é diferente
DA REPORTAGEM LOCAL
Além das alterações de rotina, de
ambiente e de amigos, o novo
universitário terá de encarar ainda mudanças na forma como os
conteúdos são apresentados.
Apesar de as aulas serem prioritariamente expositivas -em que
os professores explicam os tópicos oralmente para a sala, como
acontece no ensino médio-, em
geral os professores não têm a
mesma preocupação em esquematizar o conteúdo de forma detalhada na lousa, como acontece
nos cursinhos e nas escolas. Agora, o estudante terá, na maioria
dos casos, de anotar o que é dito.
Em muitos casos, as aulas são
baseadas em leituras prévias que
o estudante precisa fazer em casa.
Em relação aos do ensino médio,
os textos da graduação costumam
ser mais complexos e longos. "Os
alunos têm dificuldade de se habituar com leituras interpretativas
freqüentes. Isso acaba inviabilizando, muitas vezes, um debate
sobre os problemas apresentados
em um texto, porque ele não é lido ou não é compreendido", disse
Elie Ghanem, professor da Faculdade de Educação da USP.
Segundo ele, outra dificuldade é
a "dosagem" correta dos textos.
"Isso depende de uma integração
entre os professores, para que as
leituras prescritas por um não
acumulem com as de outros. Em
geral, há um exagero nas solicitações de leituras, e o aluno acaba
não tendo como ler tudo o que os
professores querem."
Outra mudança é o sistema de
dependências -as chamadas
DPs-, que, apesar de raro, também pode ocorrer em escolas do
ensino médio. Na maioria das instituições de ensino superior, se o
estudante é reprovado em uma
disciplina, ele não precisa cursar
novamente as outras nas quais foi
aprovado. Isso acontece porque,
dependendo do que estabelece o
estatuto da instituição, as matrículas podem ser feitas por matéria
e não por período. Isso possibilita
também que o estudante escolha
quais disciplinas quer cursar em
cada ano ou semestre.
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