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SP terá "iconografias metropolitanas"
DA REPORTAGEM LOCAL
No próximo ano, será a vez do
Brasil conhecer a produção cultural de 11 metrópoles, pois a 25ª
Bienal de São Paulo tem como tema "Iconografias Metropolitanas". Instalado definitivamente
no Brasil há apenas dez dias, o curador da mostra, Alfons Hug, começa a delinear seus contornos.
"A exposição da Tate fortalece a
tese de que a metrópole é a grande
geradora das artes plásticas", disse Hug à Folha. O curador alemão
já agendou com o museu inglês
uma visita à mostra que é inaugurada hoje. "Podemos usar idéias
dessa exposição", afirma.
Hug gostou da seleção das cidades pela Tate, quatro delas (Nova
York, Londres, Moscou e Tóquio)
são coincidentes com a sua. Entretanto o curador acha que Berlim também deveria constar da
mostra. "Os ingleses odeiam os
alemães, é um absurdo escolherem Viena em detrimento de Berlim, especialmente porque nos
anos 90 a cidade passou a ter uma
grande importância cultural."
Da mesma forma que na Tate, a
bienal paulista terá curadores específicos para as cidades selecionadas (as demais são São Paulo,
Caracas, Johannesburgo, Berlim,
Istambul, Pequim e Sydney). Hug
adiantou à Folha os nomes dos
curadores já escolhidos: ele será o
responsável por Berlim, enquanto
Moscou deverá ter Viktor Misiano, Caracas, Elida Salazar, e Tóquio, Fumio Nanjo.
O curador também já definiu o
curador para os artistas brasileiros, que será Agnaldo Farias.
De resto, Hug ainda fala muito
no condicional, pois tudo irá depender da verba que a Fundação
Bienal irá obter para o evento.
"Gostaria de trazer para o núcleo
histórico a exposição "Vanguarda
das Amazonas", que o Guggenheim organizou, sobre seis pintoras no começo do século 20 em
Moscou", diz.
(FABIO CYPRIANO)
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