São Paulo, terça, 1 de abril de 1997.

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`Bacantes' faz festa para saudar os 60 anos de Zé Celso e Borghi

Lenise Pinheiro/ Folha Imagem
Cena da apresentação de ``Bacantes'' em comemoração ao aniversário de José Celso Martinez Corrêa


da Reportagem Local

O diretor José Celso Martinez Corrêa e o ator Renato Borghi encerraram anteontem o espetáculo do 60º aniversário de ambos, o primeiro no palco, o outro vindo na platéia, com um beijo na boca.
Foi ``um final hollywoodiano'', como disse o ator, para um espetáculo que resultou mais numa festa do que numa peça de teatro.
Foi a apresentação final da segunda temporada do musical ``Bacantes'', adaptado de Eurípides, que estreou ano passado e permaneceu sete meses em cartaz. Na minitemporada de quatro dias, o espetáculo teve casa lotada sábado e domingo.
Na apresentação de anteontem, de aniversário, o público era formado na maioria por amigos e admiradores do diretor, que invadiram a pista (o palco do Oficina) diversas vezes, para dançar e cantar com os atores.
O público, nas quatro horas da peça, com dois intervalos, empoleirou-se nos quatro andares de platéia, andou constantemente pelas escadarias, bateu palmas, gritou. Comprou vinho, bebeu e fumou durante a apresentação. No final, dançou com os atores, amassou uvas, guiado por Dionísio, personagem de Marcelo Drummond, o vitorioso (na peça) deus do teatro e do vinho.
Na ``pista'', Drummond, Fransérgio Araújo, que fazia Penteu -o governante de Tebas que tenta suprimir o culto a Dionísio e é punido por ele-, e os demais atores apresentaram um espetáculo com referências constantes ao aniversário do diretor.
Saíram diversas vezes do enredo, para abraçar Zé Celso.
Na platéia, atores que trabalharam ou foram homenagear o diretor, como Bete Coelho e Alexandre Borges, atores de teatro como Patrícia Gordo e Élcio Nogueira, diretores como Marco Antônio Braz e Marcelo Fonseca, e o músico José Miguel Wisnik. (NS)

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