São Paulo, sexta-feira, 01 de maio de 2009

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TELEVISÃO

Crítica


Philip Seymour Hoffman brilha em "Capote"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se há um ator capaz de me mobilizar neste mundo é Philip Seymour Hoffman. Ele nunca é o mesmo, mas tem sempre a capacidade de encantar. É um valor seguro, um desses que vale a pena ver seja qual for o filme.
Hoje ele é Truman Capote em "Capote" (TC Cult, 0h15, não indicado para menores de 14 anos), o papel que lhe deu o Oscar, mas não o tirou do anonimato, que parece ser sua condição natural. Ele é o gordo ágil, quase ogro, simpático mesmo quando antipático. "O gordinho", como ouvi alguém definir. Não é Meryl Streep, nem Karl Malden: é o gordinho. E o gordinho faz milagres.
Aqui, num papel performático, em que era preciso recriar modos tão particulares de um escritor famoso em sua aventura mais incrível, a escrita de "A Sangue Frio". Os dramas se cruzam: o do escritor e o dos assassinos. O do escritor e sua paixão por seu objeto. Parece que Hoffman tinha de fazer esse papel, ele que também parece se apaixonar por seus personagens o bastante para torná-los sempre apaixonantes.


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