São Paulo, sexta, 1 de maio de 1998

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Victor Fleming faz tributo a Hollywood

especial para a Folha

Em "O Mágico de Oz", Judy Garland é Dorothy, uma menina do Kansas que canta "Over the Rainbow" e cruza o arco-íris para viver aventuras com o leão covarde, o homem de lata, o espantalho, o mágico e a bruxa malvada.
Produzido no auge da era clássica, o filme é um tributo ao estilo e ao sistema de produção hollywoodianos. No caminho dos tijolos dourados, essa fantasia alteraria o curso do musical para sempre.
Sua mais duradoura contribuição talvez seja a definição de um padrão que identificava o musical hollywoodiano à Metro. "Tour-de-force" técnico para a época, seu aparato tecnológico logo se tornou obsoleto.
Com direção de Victor Fleming (e King Vidor, não creditado), produção de Mervyn LeRoy e trilha sonora de Harold Arlen e R.Y. Harburg, o filme contou com os maiores técnicos e talentos.
Fotografado a partir de um complicado processo em que três bandas de negativo preto-e-branco eram expostas a um prisma que separava as três cores primárias, "O Mágico de Oz" traz cenas em preto-e-branco e em cores.
Esse é talvez o caso mais antigo do que veio a ser chamado de "musical integrado" (a música era uma extensão das emoções dos personagens). Com o viés apocalíptico a ameaçar a fantasia (o mal a assolar a roça americana), é uma alegoria antecipada da Segunda Guerra e da Guerra Fria. (CA)


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