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Victor Fleming faz tributo a Hollywood
especial para a Folha
Em "O Mágico de Oz", Judy
Garland é Dorothy, uma menina
do Kansas que canta "Over the
Rainbow" e cruza o arco-íris para
viver aventuras com o leão covarde, o homem de lata, o espantalho,
o mágico e a bruxa malvada.
Produzido no auge da era clássica, o filme é um tributo ao estilo e
ao sistema de produção hollywoodianos. No caminho dos tijolos
dourados, essa fantasia alteraria o
curso do musical para sempre.
Sua mais duradoura contribuição talvez seja a definição de um
padrão que identificava o musical
hollywoodiano à Metro.
"Tour-de-force" técnico para a
época, seu aparato tecnológico logo se tornou obsoleto.
Com direção de Victor Fleming
(e King Vidor, não creditado),
produção de Mervyn LeRoy e trilha sonora de Harold Arlen e R.Y.
Harburg, o filme contou com os
maiores técnicos e talentos.
Fotografado a partir de um complicado processo em que três bandas de negativo preto-e-branco
eram expostas a um prisma que
separava as três cores primárias,
"O Mágico de Oz" traz cenas em
preto-e-branco e em cores.
Esse é talvez o caso mais antigo
do que veio a ser chamado de
"musical integrado" (a música
era uma extensão das emoções dos
personagens). Com o viés apocalíptico a ameaçar a fantasia (o mal
a assolar a roça americana), é uma
alegoria antecipada da Segunda
Guerra e da Guerra Fria.
(CA)
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