São Paulo, sexta, 1 de maio de 1998

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Gene Kelly leva musical ao auge

especial para a Folha

Em "Cantando na Chuva" (1952), o conceito da "integração orgânica" atinge seu ápice. A alegoria é metacinematográfica. Um momento preciso: quando o cinema abriu a boca e ficou falado.
É no período de transição do mudo para o sonoro que se passa a história de dois rapazes (Gene Kelly e Donald O'Connor) e uma moça (Jean Hagen) que saem da Broadway e vão para Hollywood.
Tido como o apogeu da arte musical na tela, o filme não teve resenhas favoráveis quando lançado. Nomeado para apenas dois Oscar (atriz coadjuvante e trilha sonora), alcançou popularidade e foi reconhecido como um dos maiores musicais da história, quase um sinônimo do gênero.
Com direção de Gene Kelly e Stanley Donen, produção de Arthur Freed e canções de Freed, Nacio Herb Brown, Roger Edens e Betty Comden, o filme é talvez o auge do musical dos anos 50.
Originalmente planejado para Howard Keel, astro popular na época, o papel principal foi cair nas mãos de Gene Kelly. Ele se consagrou não apenas pelo solo da canção-título, mas também pelo balé de "Ritmo da Broadway".
Era a primeira chance de Debbie Reynolds. Aos 19 anos, a inexperiência foi uma coincidência. No papel da substituta que dubla a voz da estrela da era muda (Jean Hagen), Reynolds foi dublada pela própria Hagen nos momentos em que coloca voz nas cenas da personagem da mesma e por Betty Noyes nas canções. (CA)


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