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OSCAR
Academia queria extinguir categoria
Documentário curto pode permanecer
AMIR LABAKI
da Equipe de Articulistas
A comovente Keiko Ibi pode não
mais ter sido a última vencedora
do Oscar para documentários curtos (40 minutos ou menos de duração) com seu "The Personals: Improvisations on Romance in the
Golden Years". Segundo decisão
anunciada em janeiro passado, a
categoria seria extinta a partir do
Oscar 2000, mas nesta semana a
questão foi reaberta num intenso
debate dentro do comitê diretivo
da Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood.
A decisão definitiva ficou para a
próxima reunião, em junho. Uma
volta atrás parece provável e teria
precedente. Em 1992 a Academia
decidira eliminar os Oscar concedidos a curtas tanto de ficção
quanto documentais, mas revogou
a decisão sob forte pressão de
grandes nomes da indústria.
O filme agora se repete. Há dez
dias um abaixo-assinado de poderosos de Hollywood foi publicado
como anúncio em publicações especializadas defendendo a manutenção do prêmio. "Os Oscar para
filmes curtos são fonte de inspiração para cineastas e espectadores
do mundo inteiro", dizia o anúncio. Assinado: Francis Ford Coppola, Spike Lee, Robert Redford,
Martin Scorsese, Meryl Streep e
Barbra Streisand, entre outros.
O presidente da Academia, Robert Rehme, tentou resistir. "Não
se discute que os documentários
de longa-metragem são uma parte
vital e significativa da indústria.
Mas a atitude frente aos curtas não
é racional", disse à "Variety" antes
da reunião. "Compreendo e simpatizo com a posição dos realizadores de documentários curtos.
Mas essa não é nossa missão."
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