da Reportagem Local

O ministro da Cultura, Francisco Weffort, anunciou anteontem, em São Paulo, os projetos do ministério já definidos para as comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, no próximo ano.
"São projetos com recursos do próprio ministério e em parceria com a iniciativa privada", disse Weffort. A lista ainda não está fechada.
Entre os projetos apresentados, que acontecem no Brasil, França e Portugal, está a demarcação e sinalização do "Museu Aberto do Descobrimento", a área no sul da Bahia onde aportou Pedro Álvares Cabral e sua frota e que foi tombada pelo patrimônio histórico.
"É um projeto que envolve cultura e ecologia", disse Weffort. O ministério está investindo cerca de R$ 1,5 milhão no museu, que identificará com placas informativas monumentos e locais históricos de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Coroa Vermelha.
Também dentro da lista apresentada pelo ministro, o "Projeto Resgate" deverá reunir em 600 CD-ROMs, resumidos, cerca de 350 mil documentos históricos sobre o Brasil que estão em Portugal.
Estão programadas ainda uma exposição de arte barroca brasileira a partir de outubro deste ano no Museu do Petit Palais, em Paris, e a composição de quatro sinfonias em homenagem aos 500 anos.
A Bienal do ano 2000, intitulada "Brasil 500 Anos - Artes Visuais", será, segundo Weffort, "o maior projeto de artes visuais jamais feito no Brasil".
A mostra, que será aberta em São Paulo em maio de 2000, é um painel das artes visuais no Brasil desde a arte indígena pré-cabralina até a moderna. A carta de Pero Vaz de Caminha virá de Portugal especialmente para a Bienal.
A exposição "Cabral: Viajante do Rei", da Fundação Banco do Brasil, inclui a edição de uma biografia do navegador e a reforma de sua casa, em Santarém (Portugal).


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