|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grupos planejam expansão em outras capitais
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo não é o único alvo na
estratégia de expansão dos grupos
Cinearte e Estação. Além das nove
salas que o Arteplex inaugura na
capital paulista na próxima sexta
(e das duas com abertura prevista
para setembro, no Cineclube Vitrine), Adhemar Oliveira e Leon
Cakoff planejam instalar cinco salas no Rio, seis no Recife, oito em
Salvador e fazem "prospecção"
em Porto Alegre.
A dupla considera que a opção
por investimento em endereços
populares, como o Méier, na zona
norte do Rio, pode ser um diferencial de atuação.
Salvador, Porto Alegre, Belo
Horizonte e Brasília são as capitais nas quais os sócios do Estação
"estudam negócios, mas em fase
embrionária", de acordo com
Adriana Rattes.
Atualmente, os proprietários do
circuito Cinearte possuem quatro
salas no Rio (Espaço Leblon de
Cinema e Espaço Rio Design). Lá,
Oliveira responde também pela
programação das salas do Instituto Moreira Salles e da Casa França-Brasil e acaba de conquistar o
direito de programar a sala do
Museu da República, que até este
ano pertencia ao grupo Estação.
Inaugurado no último mês de
junho, o Espaço Leblon de Cinema tem "a melhor média de ocupação do país: 92%", de acordo
com Cakoff. A sala foi inaugurada
com o italiano "Pão e Tulipas", de
Silvio Soldini, ainda em cartaz.
Organizador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo,
Cakoff foi concorrente e desafeto
de Oliveira, quando este iniciou
suas operações em São Paulo, em
93, e era organizador do Festival
do Rio BR, hoje de responsabilidade do grupo Estação e de seus
novos sócios.
"Foi Walter Salles quem nos
aproximou", conta Cakoff. "Ele
insistiu em que precisávamos
unir nossos talentos e trabalhar
com um objetivo comum." O primeiro resultado da sociedade do
Espaço Unibanco (Oliveira) e da
Mostra Internacional de Cinema
(Cakoff) foi a inauguração da Sala
UOL de Cinema, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, em 2000.
Se a desafeição foi superada
com Cakoff, ela se mantém entre
Oliveira e seus ex-sócios do grupo
Estação. Tudo indica que foi definitivo o rompimento com Adriana Rattes, Ilda Santiago, Marcelo
Mendes e Nelson Krumholz,
ocorrido em 1998, quando o Estação Botafogo, que eles construíram juntos, já se havia transformado em "cult" tipo exportação.
Texto Anterior: Cinema: Circuito de arte muda a figura em SP Próximo Texto: Dança: Livro discute brasilidade do Grupo Corpo Índice
|