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São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2003

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FORA DA ESTANTE

Último ensaio de Jean-Paul Sartre, "O Idiota da Família" lhe tomou mais de dez anos de pestanas queimadas. Ainda que inacabada, a monumental e obsessiva biografia de Gustave Flaubert pode ser lida como o melhor afresco daquilo que o filósofo, romancista e dramaturgo francês pensava sobre a existência de cada um. Dos quatro grossos volumes que o autor de "O Ser o Nada" planejou publicar, chegaram às estantes francesas três, os dois primeiros, somando 2.130 páginas, em 1971; o derradeiro, um ano depois. Então Sartre fechou o escritório. Adoeceu, perdeu a visão, morreu em 1980, com 75 anos. Sua exegese da vida do romancista de "Madame Bovary", com raízes em interpretações marxistas e freudianas, ficou como seu magno testamento. "O Idiota" não chegou ao Brasil.


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