O Império Contra-Ataca
SBT, 13h.    
(The Empire Strikes Back). EUA, 1980. Direção: Irvin Kershner. Com Mark Hamill. Aqui, o Império está com tudo e dá caça aos rebeldes onde é possível dar. O mais sólido dos episódios da série.

A Fuga das Galinhas
Globo, 14h55.   
(Chicken Run). EUA, 2000. Direção: Peter Lord e Nick Park. Ginger é a galinha que tenta não só escapar mas também salvar seus colegas da morte numa granja. Bela animação que faz boa ponte na recriação da granja como um campo de prisioneiros de guerra. Inédito.

A Grande Jogada de Ernest
Record, 16h15. 
(Slam Dunk Ernest). EUA, 1993. Direção: John Cherry. Com Jim Varney. Anjo ajuda o trapalhão Ernest a se tornar um jogador de basquete.

O Homem do Sputnik
Cultura, 16h30.   
Brasil, 1959. Direção: Carlos Manga. Com Oscarito. No quintal de Oscarito cai um estranho objeto, semelhante ao outrora célebre Sputnik.

O Ataque dos Morcegos
Record, 20h15. 
(Bats). EUA, 1999. Direção: Louis Mourneau. Com Lou Diamond Phillips. Terror a respeito de morcegos que fogem do laboratório onde passavam por mudança genética.

Força Delta 3
Bandeirantes, 20h30. 
(Operation Delta Force 3 - Clear Target). EUA, 1998. Direção: Mark Ropper. Com Jim Fitzpatrick. Traficantes tentam destruir satélite espião americano. O grupo de elite em questão vai à luta.

Jet Li - O Justiceiro
SBT, 22h30.   
(Jet Li's The Enforcer). Hong Kong, 1995. Direção: Corey Yuen. Com Jet Li. Mestre em artes marciais é recrutado pela polícia para infiltrar-se em quadrilha.

Falcão Negro em Perigo
Globo, 22h55. 
(Black Hawk Down). EUA, 2001. Direção: Ridley Scott. Com Josh Hartnett. Baseado em fatos reais, mostra o resgate dos ocupantes de dois helicópteros Black Hawk que caíram durante missão americana na Somália, em 1993. Inédito.

Lili, Minha Adorável Espiã
Bandeirantes, 0h30.  
(Darling Lili). EUA, 1970. Direção: Blake Edwards. Com Julie Andrews. Cantora inglesa torna-se espiã a favor da Alemanha, durante a Primeira Guerra.

Noite de Reis
Globo, 1h25.  
(Twelfth Night). Inglaterra, 1996. Direção: Trevor Nunn. Com Helena Bonham Carter. Nesta adaptação livre de peça de Shakespeare, náufraga chega a um país em guerra e disfarça-se de homem para servir ao conde local.

O Terno Encantado
SBT, 2h.  
(Wonderful Ice Cream Suit). EUA, 1998. Direção: Stuart Gordon. Com Joe Mantegna. Cinco amigos têm o mesmo físico e decidem comprar um mesmo terno branco, que será usado por todos eles, um dia da semana cada um. Inédito.

Vítima de uma Farsa
Globo, 3h40. 
(A Vow to Kill). EUA, 1994. Direção: Harry S. Longstreet. Com Julianne Phillips. Depois de perder o marido em acidente, garota perde a vontade de viver.

Bem Amada
SBT, 4h.   
(Beloved). EUA, 1998. Direção: Jonathan Demme. Com Oprah Winfrey. Em 1873, ex-escravo começa a receber em sua casa a visita de uma jovem. Somente para SP. (INÁCIO ARAUJO E PAULO SANTOS LIMA)

TV PAGA

"A Festa de Babette" celebra a vida que se reinicia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Eis um filme a calhar para o início de ano: "A Festa de Babette". Em primeiro lugar, porque uma das funções do cinema, desde que o mundo é mundo, é nos levar a lugares desconhecidos, como essa aldeia nos confins da Dinamarca, onde vai parar a francesa Babette.
Em segundo lugar, porque nos propõe desde já um conflito, entre o ascetismo da crença protestante que ali se pratica e a sensualidade do catolicismo, representado por Babette. Em terceiro lugar, porque faz evoluir e resolve esse conflito com delicadeza e elegância.
Nem tudo são flores, porém. O diretor Gabriel Axel não é nenhum Dreyer ou Bergman e às vezes carrega tanto as tintas da sisudez protestante que dá até vontade de deixá-lo a sós com seus personagens, pois por vários motivos (inclusive as reconstituições de época, o aspecto "artístico") este filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro (em 1987).
Não é sempre que isso acontece. Em particular quando Stéphane Audran está em cena. Ela é uma francesa exilada na casa de duas senhoras bondosas e monótonas. Ela é criada das senhoras e prepara com brio uma gororoba presumivelmente horrível. É nesse ambiente suave, suave demais para que tudo não nos lembre a morte, que a vida se insinua. Sensivelmente, ele se traduzirá na festa que Babette promove.
Mas aqui vem a boa ocasião para lançar o filme, pois inícios de ano são momentos em que a vida de certa forma recomeça.
A festa de Réveillon, com seus excessos e banquetes, serve para nos lembrar disso. E é isso que Babette decide promover, a vida, quando numa só tacada evoca seu país por aquilo que mais reteve dele (a excelência de sua alimentação) e introduz no soturno vilarejo a noção de sensualidade.
"Babette" pode não ser o filme do século. Mas é o filme certo para este momento.