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No Pillar, loja deu lugar a cozinha de qualidade
JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA
Não dá para apostar que
uma artista plástica, ao
abrir uma loja, seja bem-sucedida ao instalar ali também um
restaurante. Mas, por mais que
se vá com certa desconfiança ao
Pillar (que, além de reunir as
condições mencionadas, ainda
se mistura à moda cafona de colocar letras duplas no nome), logo se percebe que ele reúne qualidades culinárias. Ou seja, ali a
fórmula deu certo.
O principal componente da
equação chama-se Monica Gribel, a artista. Carioca de 30 anos,
cozinheira amadora e designer
profissional, ela instalou em
agosto de 1999 um showroom
para os móveis que desenha. O
local escolhido foi uma casa que
abrigou o ateliê de outro artista
plástico, John Gras. Logo o showroom saiu de lá, ficando o pequeno café do térreo e o restaurante no segundo andar.
Restaurante igualmente pequeno, com apenas 32 lugares
em mesas que dão vista para a
copa das árvores da rua. Um
barzinho tem oferta limitada de
bebidas; o serviço tem ar meio
precário, mas simpático; o ambiente lembra o de uma residência moderna de bom gosto, misturando sofás e mesas, além dos
móveis retilíneos desenhados
pela proprietária.
Também pequeno é o cardápio, mas simpático. Principalmente italiano, ele é bem confeccionado pelo chef Benedito
Santos, que executa os pratos
imaginados por Monica. A salada verde com pato desfiado e
framboesa tem um molho de
nozes delicado; os farfalle com
molho de perdiz são saborosos,
apesar do molho engrossado
desnecessariamente; o salmão
grelhado é suculento, ao lado do
indefectível purê de mandioquinha; a perdiz assada é tenra
(quase sempre, em restaurantes,
vem com peito ressecado),
apoiada em polenta fresca.
Há sobremesas que não decepcionam (torta de queijo com
calda de gengibre; souflé de chocolate). E vinhos poucos, mas
abordáveis. Nada mau para
quem queria apenas vender seus
móveis.
Cotação: $$°Avaliação:
Restaurante: Pillar (r. Joaquim
Antunes, 489, Pinheiros, tel. 0/xx/
11/3085-4667)
Horário: de seg. a sáb., das 12h às
15h30 e das 19h à 0h30 (o café funciona das 9h à 0h30)
Ambiente: uma salinha gostosa,
com cara de casa
Serviço: simples, mas simpático
Cozinha: italiana, com pratos poucos e bons
Quanto: entradas, de R$ 6,90 a R$
16; pratos principais, de R$ 12 a R$
25; sobremesas, de R$ 3,50 a R$
8,50
$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42);
$$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima
de R$ 62). Avaliação: excelente ;
ótimo ; bom ; regular (sem estrela); ruim
RADICAL
Verão no La Casserole tem pratos frios
Não se contentando em oferecer pratos leves nas sugestões preparadas para o verão, o restaurante La Casserole (lg. do Arouche,
346, centro) resolveu radicalizar. Agora oferece também um menu frio, do começo ao fim. Ao preço de R$ 30, são três opções de
entrada, sobremesa e pratos principais como salmão frio ao molho de iogurte e ervas, terrine de cordeiro com confit de berinjela,
tomate e abobrinha, ou aïoli de frutos do mar e legumes frios.
ABERTURA
Cardápio simples com assinatura de peso
Inaugurado ontem, o Café Magnólia, em Moema (al. dos Arapanés, 106), prometia uma combinação de extremos. No cardápio,
apenas saladas e sanduíches. Na assinatura dos pratos triviais,
um chef francês habituado à alta cozinha. Trata-se de Michel
Darqué, que criou o menu para a nova casa, utilizando ingredientes importados da França, inclusive os doces e o café.
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