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8º CINE CEARÁ
Ficção de Marcus Moura traz Giovanna Gold e Ilya São Paulo
Nordeste urbano estrangeiro
emoldura "Iremos a Beirute"
DENISE MOTA
enviada especial a Fortaleza
O Nordeste urbano e influenciado pela imigração sírio-libanesa emoldura uma trama de
amor infantil, amizade e escolhas pessoais em "Iremos a Beirute", filme de Marcus Moura
apresentado no 8º Cine Ceará.
"No Nordeste, tem-se uma
tradição apenas de cinema rural. Fortaleza tem 2,5 milhões de
habitantes, e essas são as pessoas que eu conheço. Minha
preocupação foi fazer algo contemporâneo", disse o cineasta.
Em seu primeiro longa, Moura (diretor do curta "O Amor
Não Acaba às 15h30", 95) narra
a história de crianças que crescem em torno da Casa Beirute,
mercearia do libanês Gibran
(Guilherme Karam).
Técnico de futebol nas horas
vagas, o comerciante treina a
garotada para campeonatos. Os
meninos, na verdade, disputam
o amor de Salma, filha de Gibran, vigiada pelo irmão, Aziz.
Anos depois, a turma se reencontra, Aziz (Ilya São Paulo)
volta do Líbano e Salma (Giovanna Gold), solitária, marca
uma partida de futebol entre os
antigos amigos para acertar
contas com passado.
Orçado em R$ 832 mil, o filme
-beneficiado pela Lei do Audiovisual e Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Jereissati)- está em fase de negociação
com as distribuidoras e não tem
data para estrear no Brasil.
Irritado ao ser indagado sobre
a utilização de uma fotografia
do governador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) em uma das cenas
de seu filme, em uma repartição
pública, o cineasta afirmou que
"a idéia é mostrar o poder".
Para Marcus Moura, "retratos de autoridades existem em
repartições de qualquer lugar".
A jornalista
Denise Mota viaja a Fortaleza a
convite da organização do festival.
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