Ana Ottoni/Folha Imagem

Os cortes de gastos exigidos pelo FMI para novos empréstimos ao Brasil têm deixado um rastro de obras inacabadas. Pior: algumas delas estavam sendo tocadas com recursos externos, que não podem mais ser usados porque o Brasil parou de investir a parte que lhe cabia nos empreendimentos.

O TCU está fazendo uma auditoria nas obras. Já descobriu, por exemplo, que o governo federal tem à disposição R$ 776 milhões, do Japan Bank, para concluir o metrô de Fortaleza. O Brasil deveria liberar R$ 98 milhões para a construção -mas só desembolsou R$ 1,3 milhão. Resultado: a obra parou.

Como os recursos externos continuam no banco japonês, parados à disposição do Brasil, o país é obrigado a pagar uma "taxa de compromisso". Já gastou R$ 3,9 milhões por um dinheiro que não pode usar.

ESTADO MAIOR
José Dirceu, presidente do PT, teve longa reunião esta semana com os economistas Luiz Gonzaga Beluzzo, João Sayad (secretário das Finanças de Marta Suplicy), Ricardo Carneiro e Paul Singer. Em pauta, a grave crise econômica do Brasil. Dirceu relatou aos quatro as conversas que vem tendo com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

É SÓ ALEGRIA 1
A crise é grave, mas não atingiu a Coteminas, do senador José de Alencar, vice na chapa de Lula (PT). A empresa fechou anteontem o balanço do semestre com lucro de R$ 59 milhões -um crescimento de 33% em relação a 2001. Exportadora, a indústria têxtil tem até receitas financeiras com a explosão do preço do dólar.

É SÓ ALEGRIA 2
E pingaram no cofre da Coteminas, no dia 20, R$ 400 mil da primeira parcela que o PSDB desembolsou para pagar a dívida de R$ 3,5 milhões que tem com a empresa. Em 98, a Coteminas vendeu camisetas à campanha de FHC e não recebeu.

UMA IDÉIA NA CABEÇA
Mais de 700 entidades discutem em São Paulo, na próxima semana, propostas para a diminuição da fome no país. O evento será aberto no domingo, no Parque da Água Branca, pelo secretário do Trabalho de SP, Fernando Leça, presidente do Coep (Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida).

BOATO
O cineasta Walter Salles nega "categoricamente" que esteja namorando Gwyneth Paltrow. A história vem sendo repetida em publicações até da Europa, que nesta semana disseram até que ele esteve no Rio com a atriz.

Na verdade, o cineasta está em Buenos Aires, e há três meses não vê Gwyneth.

NOVA EMPREITADA
O empresário Marcos de Moraes, filho de Olacyr de Moraes, vai lançar uma marca de roupas masculinas ainda este ano, em sociedade com Marcelo Loureiro, dono do restaurante Japengo. A primeira loja será no Jardim Paulista. Experiência Marcos tem: é sócio de Ana Abdul e Lipe Medeiros na mais que badalada Language, em NY.

XOU
Vera Loyola, a eterna emergente da Barra da Tijuca, está atrás de Marlene Mattos. "Quem tem Marlene tem meio caminho andado", diz ela, que tem pronto o projeto de um programa voltado para o público "maduro", na casa dos 40. "Viajo o Brasil inteiro e sou admirada como exemplo da mulher que deu certo", diz ela, acrescentando que tem certeza de que o programa, se emplacar, vai ser "um sucesso".

POSE
Sônia Braga aterrissou rapidamente semana passada em São Paulo. Veio posar gratuitamente para as lentes do fotógrafo Johnny, que a clicou para a campanha Movimento Amanhã sem Câncer, da Fundação Ary Frausino. A entidade arrecada fundos para o Instituto Nacional de Câncer.

COMO ASSIM?
A grande atração da boate gay carioca La Girl é a stripper Ana Tarcitano, que mostra para quem quiser ver um "atestado de virgindade" obtido no Instituto Médico Legal do Rio. A boate, em Copacabana, é do mesmo dono da Le Boy, frequentada por Luana Piovani, Caetano Veloso e Vera Fischer.

O exame foi feito porque, segundo a assessoria da La Girl, Ana não queria ser confundida com uma garota de programa.

bergamo@folhasp.com.br