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FESTIVAL
Homenagens a jazzistas históricos e shows de tecno de ponta dominarão palco principal, em outubro
Free Jazz vai de Duke Ellington a Orbital
da Reportagem Local
Abrangendo de homenagens a
Duke Ellington e Louis Armstrong ao tecno "mainstream" de
Orbital e Propellerheads, a programação da 14ª edição do Free
Jazz Festival (leia quadro ao lado)
volta a investir no ecletismo.
Segundo a produtora Monique
Gardenberg, não houve encolhimento de investimentos na contratação de artistas -mas foram
cancelados os shows de Curitiba e
Porto Alegre, e o evento neste ano
só ocorre no Rio de Janeiro (de 14
a 16 de outubro, no MAM) e em
São Paulo (de 15 a 17, no Jockey
Club).
Nos três dias de shows nas duas
cidades, passam pelo palco principal jazz, música eletrônica e
black music. No front jazz, vêm
Nicholas Payton (homenageando
Louis Armstrong), Louie Bellson,
Clark Terry e The Williams Brothers Tap Dancers (celebrando
Duke Ellington) e Joshua Redman (em apresentação dedicada à
"canção clássica americana").
Do tecno vem o maior cachê
desta edição, para o Orbital (em
jazz, o George Shearing Quintet,
que toca no palco Club, acumula
o maior cachê -metade do valor
do do Orbital, ambos não revelados). A noite se completa com os
Propellerheads -com possível
vinda da cantora Shirley Bassey- e termina com o DJ Darren
Emerson, do Underworld.
Para a noite que a organização
chama de "black", vêm Eagle-Eye
Cherry (irmão de Neneh Cherry,
que se apresentou no festival há
dois anos), Finley Quaye e o grupo The Roots, com participação
do rapper carioca MV Bill.
Gardenberg diz que não partiu
da direção do evento a série de
nomes cogitados nos últimos meses e afinal não confirmados, como Lauryn Hill, Fatboy Slim, Burt
Bacharach e Elvis Costello, Maxwell, Morphine e outros vários.
"É incrível, mas nós não estimulamos a boataria. O aumento do
dólar desestabilizou a estrutura
do festival. O anúncio da programação demorou em função do
acidente econômico com o dólar,
e isso cria ansiedade e estimula a
especulação."
Ela não economiza farpas para
alguns dos nomes sondados. Sobre Fatboy Slim: "Já o convidamos duas vezes, ele chegou a
mandar um contrato. No fim disse que se casou, quer ter um filho,
e ele e a mulher estão cansados da
mídia. O Free Jazz não deve convidá-lo de novo, porque ele não é
profissional nesse sentido".
Sobre Beck: "Ele vem sendo
procurado, sim, mas é muito confuso, muda muito de idéia". Sobre
a rapper Missy Elliott: "O set dela
só tem 30 minutos".
Os ingressos só começam a ser
vendidos no próximo dia 15. Nesse mesmo dia, estréia o site do festival (www.fjazz.com.br), que
inaugurará a venda de bilhetes
pela Internet.
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)
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