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SAIBA MAIS
Consumismo foi matéria-prima para as artes
DA REPORTAGEM LOCAL
A crítica à sociedade de
consumo sempre foi matéria-prima para artistas.
Antes da onda de "shop-drop" e "shop-lift", já durante as vanguardas, no início do século passado, a civilização industrial, com sua
produção em série, foi tematizada por diversos artistas,
tanto em âmbito de fascínio
(os automóveis para o futurismo, por exemplo) ou por
meio do próprio questionamento do que é obra de arte
(os "ready-mades" de Duchamp, que conferem outros sentidos a objetos aparentemente banais).
Os anos 60, já efervescentes pelas revoluções políticas
e de costumes, foram pródigos na discussão. Os adeptos
da arte pop obtiveram êxito
ao utilizar o consumismo
como elemento componente de peso em suas obras.
Andy Warhol, Roy Lichtenstein e outros se apropriaram de signos publicitários da cultura de massas, retrabalhando-os e reinventando-os como objetos de
arte. Assim, latas de sopas,
imagens de revistas e quadrinhos baratos questionam
o status do objeto artístico.
Nos anos 70, a arte conceitual vai mais além, ao desmaterializar objetos e colocar a idéia do artista como o
essencial da obra. A performance também se firma como reação às leituras canônicas de arte.
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