São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2005

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Consumismo foi matéria-prima para as artes

DA REPORTAGEM LOCAL

A crítica à sociedade de consumo sempre foi matéria-prima para artistas.
Antes da onda de "shop-drop" e "shop-lift", já durante as vanguardas, no início do século passado, a civilização industrial, com sua produção em série, foi tematizada por diversos artistas, tanto em âmbito de fascínio (os automóveis para o futurismo, por exemplo) ou por meio do próprio questionamento do que é obra de arte (os "ready-mades" de Duchamp, que conferem outros sentidos a objetos aparentemente banais).
Os anos 60, já efervescentes pelas revoluções políticas e de costumes, foram pródigos na discussão. Os adeptos da arte pop obtiveram êxito ao utilizar o consumismo como elemento componente de peso em suas obras.
Andy Warhol, Roy Lichtenstein e outros se apropriaram de signos publicitários da cultura de massas, retrabalhando-os e reinventando-os como objetos de arte. Assim, latas de sopas, imagens de revistas e quadrinhos baratos questionam o status do objeto artístico.
Nos anos 70, a arte conceitual vai mais além, ao desmaterializar objetos e colocar a idéia do artista como o essencial da obra. A performance também se firma como reação às leituras canônicas de arte.

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