São Paulo, domingo, 02 de outubro de 2011

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Novas séries fazem rir com depressivos e apostam em guerra

"Homeland" conta história de torturado no Iraque que é suspeito de mudar de lado e integrar grupo terrorista

Steven Spielberg e criador de "Lost" ainda sofrem com sucessos passados e patinam com ficções científicas

DE SÃO PAULO

A melhor série até agora da nova safra nos EUA é sobre um assunto sofrido para os norte-americanos.
"Homeland" parte do resgate de um sargento no Iraque após oito anos sofrendo tortura. Na volta para casa, é saudado pela mídia, pelo Exército e até pela CIA.
Quer dizer, não por toda a agência. Uma funcionária desconfia que ele possa ter se convertido ao terrorismo e passa a investigá-lo com métodos bem pouco ortodoxos.
Até aí, nada diferente do que faria um Jack Bauer em "24 Horas", mas o que impressiona são as camadas de todos os personagens.
O resgatado relembra em flashes momentos violentos -e cujo contexto desconhecemos- de seu confinamento. Já sua mulher o traía com o melhor amigo. A agente toma antipsicóticos...
Entre as comédias, despontam os deprimidos. Em "New Girl", Zooey Deschanel inventa músicas para espantar a solidão do abandono, azucrinando os rapazes com quem divide apartamento.
Hank Azaria está hilário como um cara que dorme com uma colega de trabalho, enquanto sente a pressão de manter o caso em segredo e ter de voltar à azaração.
Duas grandes expectativas decepcionaram. J.J. Abrams não conseguiu se livrar do fantasma de "Lost". Além disso, repetir um dos protagonistas -Michael Emerson, que vivia Benjamin Linus- aumentou o peso da antiga série em "Person of Interest".
Já "Terra Nova", de Steven Spielberg, deixou na boca um ranço de "Jurassic Park" e ainda não disse a que veio. (LÚCIA VALENTIM RODRIGUES)


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