São Paulo, Quinta-feira, 02 de Dezembro de 1999


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TEMPORADA ERUDITA
Osesp coloca assinaturas à venda

da Reportagem Local

A Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) estará, a partir do dia 7, colocando à venda assinaturas para sua temporada do ano que vem. Elas estarão divididas em quatro séries, com oito ou nove concertos, e custarão de R$ 80 a R$ 270, dependendo da localização da poltrona que o assinante escolher na Sala São Paulo.
As vendas serão feitas na própria bilheteria da sala. Maiores informações podem ser obtidas pelo tel. 0/xx/11/3351-8200.
Para os últimos concertos deste ano, a orquestra trará como novidade em sua programação a estréia mundial da "Passacalha para o Novo Milênio", do compositor catarinense Edino Krieger, 71, nos dias 9 e 11, sob a regência de Roberto Minczuk.
Os concertos de hoje e sábado serão regidos pelo maestro romeno Cristian Mandeal, tendo como solista ao piano o napolitano Niccolò Parente. No programa, entre outras peças, a "Rapsódia Romena", de Enesco, raramente interpretada no Brasil.
Nos dias 16 e 18 o concerto será excepcionalmente precedido de uma apresentação do bem-humorado quinteto de clarinetas Sujeito a Guincho. No mesmo programa, a orquestra interpretará, com o Coral Sinfônico do Estado e sob a direção de John Neschling, um programa basicamente composto de peças do repertório clássico ligeiro.
A Osesp, que está com uma dotação de R$ 11,5 milhões para o ano que vem e que tem atraído em média 1.100 pessoas para cada uma de suas duas récitas semanais, acabou por criar uma empatia com seu público talvez inédita na história da música sinfônica em São Paulo.
Apresentou em novembro momentos de excepcional desempenho, como a segunda récita da "Sinfonia nº 5", de Gustav Mahler, sob a direção de Minczuk.
Foi também excepcional o concerto, regido pelo japonês Kazushi Ono, em que o violinista iugoslavo Stefan Milenkovich interpretou com grande austeridade e delicadeza peças de Ravel e Chausson. No mesmo programa, a "Sinfonietta", de Leos Janacek, recebeu uma leitura pouco marcial, quase lírica.
Em outro programa, o pianista brasileiro José Carlos Coccarelli, um artista jovem e artisticamente maduro, expôs sua visão bem mais cerebral que emotiva do "Concerto para Piano e Orquestra", op. 54, de Schumann.
(JOÃO BATISTA NATALI)


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