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TEMPORADA ERUDITA
Osesp coloca assinaturas à venda
da Reportagem Local
A Osesp (Orquestra Sinfônica
do Estado) estará, a partir do dia
7, colocando à venda assinaturas
para sua temporada do ano que
vem. Elas estarão divididas em
quatro séries, com oito ou nove
concertos, e custarão de R$ 80 a
R$ 270, dependendo da localização da poltrona que o assinante
escolher na Sala São Paulo.
As vendas serão feitas na própria bilheteria da sala. Maiores informações podem ser obtidas pelo tel. 0/xx/11/3351-8200.
Para os últimos concertos deste
ano, a orquestra trará como novidade em sua programação a estréia mundial da "Passacalha para
o Novo Milênio", do compositor
catarinense Edino Krieger, 71, nos
dias 9 e 11, sob a regência de Roberto Minczuk.
Os concertos de hoje e sábado
serão regidos pelo maestro romeno Cristian Mandeal, tendo como
solista ao piano o napolitano Niccolò Parente. No programa, entre
outras peças, a "Rapsódia Romena", de Enesco, raramente interpretada no Brasil.
Nos dias 16 e 18 o concerto será
excepcionalmente precedido de
uma apresentação do bem-humorado quinteto de clarinetas Sujeito a Guincho. No mesmo programa, a orquestra interpretará,
com o Coral Sinfônico do Estado
e sob a direção de John Neschling,
um programa basicamente composto de peças do repertório clássico ligeiro.
A Osesp, que está com uma dotação de R$ 11,5 milhões para o
ano que vem e que tem atraído
em média 1.100 pessoas para cada
uma de suas duas récitas semanais, acabou por criar uma empatia com seu público talvez inédita
na história da música sinfônica
em São Paulo.
Apresentou em novembro momentos de excepcional desempenho, como a segunda récita da
"Sinfonia nº 5", de Gustav Mahler, sob a direção de Minczuk.
Foi também excepcional o concerto, regido pelo japonês Kazushi Ono, em que o violinista iugoslavo Stefan Milenkovich interpretou com grande austeridade e delicadeza peças de Ravel e Chausson. No mesmo programa, a "Sinfonietta", de Leos Janacek, recebeu uma leitura pouco marcial,
quase lírica.
Em outro programa, o pianista
brasileiro José Carlos Coccarelli,
um artista jovem e artisticamente
maduro, expôs sua visão bem
mais cerebral que emotiva do
"Concerto para Piano e Orquestra", op. 54, de Schumann.
(JOÃO BATISTA NATALI)
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