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CLUBE
Casa noturna da Barra Funda vai ganhar anexo com três novos ambientes
Já "clássico", D-Edge vai ficar maior
DA REPORTAGEM LOCAL
Clubes em São Paulo são como
amores, podem durar um verão
-ou até menos. Em bairros como Vila Olímpia e Itaim, por
exemplo, não é raro que uma casa
noturna mude de nome e de proprietário diversas vezes. As que
sobrevivem, se tornam clássicas,
como o D-Edge.
Funcionando há três anos na
Barra Funda, o D-Edge é um das
principais casas de música eletrônica do país, concorrendo com
nomes como o clube Lov.e, que
está há sete anos na Vila Olímpia.
A programação, que já trouxe
produtores como Richie Hawtin e
Kevin Saunderson, projetou-a no
exterior: em 2005, o nome do clube apareceu entre os melhores do
mundo em uma votação da revista inglesa "DJ Magazine".
Para completar, também no ano
passado, a decoração minimalista
de Muti Randolph impressionou
a revista holandesa de design
"Frame", que incluiu o D-Edge no
livro "Night Fever Interior Design
for Bars and Clubs", com os mais
bonitos do planeta.
Com tudo isso, o D-Edge se prepara para... fechar. Dia 20 de fevereiro, o clube sai de cena para uma
reforma que aumentará a cabine
do DJ e modificará os banheiros.
A reabertura será em 9 de março, com apresentação do francês
Laurent Garnier, que escolheu a
casa para fazer o lançamento de
seu novo CD no Brasil.
Mas essa não é a única novidade
no D-Edge: em abril, o clube ganha um anexo. O prédio ao lado
foi comprado e passa por uma reforma orçada em cerca de R$ 700
mil, que irá acrescentar outros
três ambientes ao espaço atual.
"No D-Edge, em si, não vai ter
uma mudança de conceito. É um
projeto muito feliz", acredita Renato Ratier, 33, DJ, produtor e
proprietário do clube.
"Ao lado, teremos uma segunda
pista, com som mais baixo. Uma
lounge-pista", explica ele. Muti
Randolph cuidará do design, cuja
idéia, diz Ratier, é que, de uma
pista à outra, "ocorra uma mudança gradativa", com a mistura
de elementos "sintéticos e orgânicos". "Quero a cidade fazendo
parte do ambiente."
Para isso, está previsto um terraço com vista para o Memorial
da América Latina, que fica na esquina do clube.
No segundo andar do anexo,
funcionará um bar e uma sala de
jogos e de exposição. A parede
desse espaço, segundo Ratier, será
uma tela de 2 m x 30 m, com projeções de vídeo que poderão ser
vistas tanto dentro quanto na rua.
A programação, por enquanto,
continua a mesma, com as noites
de rock de João Gordo, às segundas, a badalada Freak Chic, de
house, às sextas, e as noitadas de
anos 80, às quartas.
Além de Laurent Garnier, estão
cotados para se apresentar no clube Jeff Mills, Frank Miller, Mandy,
além da banda Freeform Five
-Carl Cox mandou um e-mail
"superinteressado" em tocar lá.
Proprietário também de uma
casa em Campo Grande (MS), a
Tozen, Ratier -que também teve
um D-Edge lá- ainda se prepara
para lançar um selo. "Quero fazer
compilações com DJ brasileiros,
remixadas por nomes consagrados fora do Brasil", adianta.
(ADRIANA FERREIRA SILVA)
D-Edge
Quando: seg. e de qua. a sáb., a partir
das 24h
Onde: al. Olga, 170, Barra Funda, tel. 0/xx/11/3666-9022
Quanto: R$ 15 a R$ 45
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