ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK

A Prefeitura do Rio decidiu antecipar em quase um mês os primeiros desembolsos pela construção do Museu Guggenheim.
Para justificar a decisão, o prefeito Cesar Maia (PFL) diz que quer dar uma idéia "muito clara" de que pretende levar a obra adiante e afirma que a polêmica se concentra entre a assinatura do contrato (na última quarta) e o início da construção, neste ano. Fala também em aproveitar a queda na cotação do dólar.
Os primeiros pagamentos à Fundação Guggenheim e ao arquiteto Jean Nouvel deverão ser processados pelo Banco Central brasileiro já na próxima semana. Na assinatura do contrato, o prefeito do Rio disse que a cidade tem dinheiro em caixa para pagar toda a obra imediatamente caso houvesse como terminá-la já.
No mesmo evento, o diretor da Fundação Guggenheim, Thomas Krens, afirmou que não gastará nada com a nova filial. Nessa primeira etapa, a Prefeitura do Rio pagará US$ 9 milhões dos US$ 29 milhões que deverá enviar à fundação nos próximos três anos. Em troca, a fundação dará ao Rio a franquia de sua marca e acesso a seu acervo para exposições na cidade, além de assumir responsabilidade pelo gerenciamento do museu e pela curadoria.
O arquiteto francês Jean Nouvel, responsável pelo projeto, planeja que os prédios do museu, na região portuária do Rio, fiquem "dentro" da baía de Guanabara, numa construção abaixo do nível do mar.



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