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Secretário crê em "tendência estrutural"
da Reportagem Local
Diante da imprevisibilidade do
que acontecerá com o investimento em cultura das teles após a privatização, o secretário de Apoio à
Cultura do MinC, José Álvaro
Moisés, crê que uma "tendência
estrutural" garantirá a continuidade do patrocínio a longo prazo.
"Há uma tendência estrutural
do mercado, o número de empresas que usa o marketing cultural
cresce exponencialmente. Qualquer grupo econômico que compre as teles, exista ou não imposição estatal, sabe que é importante
fazer marketing cultural", disse.
Leia trechos da entrevista.
(PD)
Folha - Qual será o impacto da
privatização das teles no financiamento à cultura?
José Álvaro Moisés - Essa é uma
estimativa que não dá para fazer.
Haverá uma fase de ajustamento,
mas fazer ciência exata não dá. O
que a sociologia política ensina
nesses casos é identificar tendências, que não correspondem a um
ano, mas a um ciclo.
Folha - E qual é essa tendência?
Moisés - Todas as empresas, de
todos setores, passaram a investir
mais em marketing cultural. As estatais têm tradição mais antiga no
setor, mas é nas empresas privadas
que a curva de crescimento é
maior. Daí, é possível concluir que
as teles, transformando-se em empresas privadas, acompanharão a
tendência do setor. Essa tendência
não é conjuntural, não circunstancial, mas permanente.
Folha - Um dos primeiros efeitos
em qualquer privatização é o corte
de custos.
Moisés - Isso são fatos da vida
que você não consegue evitar. Mulher menstrua toda mês, não?
Folha - E o que isso causará num
momento inicial?
Moisés - Não quero falar de
momento inicial, de coisas circunstanciais. Tudo indica, a médio e longo prazos, que elas não
vão abandonar o patrocínio.
Folha - Caso haja diminuição de
recursos, o que o Ministério da
Cultura vai fazer?
Moisés - Se isso acontecer, coisa que não acredito, nós nos antecipamos com duas iniciativas.
Uma é o lançamento da campanha
para pessoa física. Outra é trabalhar com produtores em busca das
empresas que pagam impostos,
poderiam entrar no sistema e ainda não o fizeram.
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