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Varda executou restauração
da Redação
Conhecido como o esteta da
cor na nouvelle vague francesa,
Jacques Demy, antes mesmo
de ter "Os Guarda-Chuvas do
Amor" exibido pela primeira
vez, demonstrava preocupação
com a reconstituição de seu
longa no futuro.
Em 1963, pediu ao laboratório Eclair um negativo que separasse o filme em "três masters monocromáticos, cada um
correspondendo a uma cor
primária", para que os tons
originais do longa pudessem
ser recuperados, no decorrer
do tempo.
Morto em 1990, o cineasta
-que havia retomado os direitos de seu filme na década de
80- teve "Os Guarda-Chuvas
do Amor" restaurado por sua
mulher, a diretora Agnés Varda, com apoio de Catherine
Deneuve e do músico Michel
Legrand.
É a cópia desse trabalho que
chega agora a São Paulo.
O musical de Demy foi totalmente filmado em Cherbourg.
Conhecida como uma cidade
extremamente chuvosa na
França, o diretor aproveitou-se dos temporais de verão
para reconstituir o outono no
longa. Como o filme cobre as
quatro estações do ano, o inverno foi criado com 75 toneladas de falsa neve, e a primavera
foi resultado de uma pintura
em ruas da cidade.
Em 1964, "Os Guarda-Chuvas do Amor" ganhou a Palma
de Ouro em Cannes, deixando
para trás os brasileiros "Deus
e o Diabo na Terra do Sol", de
Glauber Rocha, e "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos
Santos.
A história de Geneviève e do
jovem Guy ainda concorreu
aos Oscars de filme estrangeiro, roteiro, canção e música,
de Michel Legrand.
Em 1966, Demy repetiu a
parceria com o músico francês
no filme "Les Demoiselles de
Rochefort".
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