São Paulo, sábado, 3 de outubro de 1998

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FILMES - INÁCIO ARAUJO

ELVIS NÃO MORREU
Bandeirantes, 21h30. (Elvis - That's the Way It Is). EUA, 1970, 109 min. Direção: Dennis Sander. Documentário sobre o ídolo, em que ele canta vários de seus sucessos ("Love me Tender" à frente), acompanhado por sua banda. Perfeito para fãs.

PAIXÃO INCONTROLÁVEL
Globo, 21h45.
(Number One Fan). EUA, 1994. Direção: Jane Simpson. Com Chad McQueen e Catherine Mary Stewart. Um ator de filmes de ação passa a noite com uma de suas fãs. Mais tarde, percebe que ela é mais que obcecada por ele, ameaçando todos que estão à sua volta. "Play Mist for Me", de Clint Eastwood, é uma comparação possível, mas infinitamente superior. O filme de Simpson é bem fraquinho.

O GÊNIO E EXCÊNTRICO GLENN GOULD EM 32 CURTAS
Cultura, 22h30.
(Thirty-Two Films About Glenn Gould). Canadá, 1993, 90 min. Direção: François Girard. Com Colm Feore. Boa idéia: dar conta, em 32 fragmentos (a rigor, pequenos filmes), da produção e da complexa personalidade do pianista Glenn Gould. Ao longo do tempo, a idéia se torna um tanto cansativa, a não pela música. Legendado.

DOCE VENENO
Globo, 23h30.
(Sweet Poison). EUA, 1991. Direção: Brian Grant. Com Steven Bauer e Patricia Healy. Jovem inescrupulosa e seu marido são sequestrados. No cativeiro, a mulher tenta seduzir o sequestrador e ficar com parte de um dinheiro que ele roubou do chefe de uma organização criminosa. Filme sem muito a acrescentar, com vilã para lá de capenga.

UM HOMEM CHAMADO CAVALO
Bandeirantes, 23h30.
(A Man Called Horse). EUA, 1970, 114 min. Direção: Elliot Silverstein. Com Richard Harris, Judith Anderson. Aristocrata inglês (Harris) capturado nos EUA pelos sioux passa pelos rituais de iniciação da tribo. O filme chamou a atenção, na época, pelo que havia de original na visada das relações brancos/índios. O tempo se encarregou de mostrar seu peso.

ATRAÇÃO SELVAGEM
CNT/Gazeta, 23h40.
(Savage Attraction). Itália, 1992, 83 min. Direção: Michele Massimo Tarantini. Com Raul Gazolla, Giselle Fraga. Mulher deprimida, em vista das aventuras amorosas do marido, troca os EUA pelo Rio. Aqui, nos braços de um belo jovem, encontra o prazer, recupera a confiança em si e volta a Nova York para reconquistar o marido. O que não é apenas bobo, também é insano.

A ÚLTIMA ESPERANÇA DA TERRA
Globo, 1h20.
(The Omega Man). EUA, 1971, 98 min. Direção: Boris Sagall. Com Charlton Heston, Anthony Zerbe. Heston é o homem que permanece imune aos efeitos da radiação e tudo mais, após holocausto nuclear, e deve proteger os ainda humanos contra os terríveis e muito mais numerosos mutantes. Ficção científica baseada em Richard Matheson, bem dirigida, e com o ator certo: Heston tem um know-how imbatível em matéria de salvar a humanidade, desde que foi Moisés.

NOS TEMPOS DO CINTO DE CASTIDADE
Bandeirantes, 1h30.
(Tutta Nuda, Tutta Calda). Itália, 90 min. Direção: Mariano Laurenti. Com Edwige Fenech, Karin Schubert. Comédia italiana ambientada na Idade Média e tendo como centro um guerreiro que, ao voltar para casa, começa a desconfiar que, apesar do cinto de castidade, a mulher não lhe é assim tão fiel. Princípio divertido em comédia de segundíssima.

TUDO POR UMA HERANÇA
Globo, 3h.
(Easy Money). EUA, 1982. Direção: James Signorelli. Com Rodney Dangerfield, Joe Pesci e Geraldine Fitzgerald. Dangerfield é Monty Capuletti, um bem-humorado fotógrafo que trabalha com crianças e adora curtir a vida em jogatinas e bebedeiras, apesar de viver na dureza. Recebe, um dia, a notícia que sua sogra deixou herança milionária e, para consegui-la, terá de passar um ano sem beber, jogar, fumar e, de quebra, perder uns quilinhos. Comediazinha fraca, bem sintonizada com Dangerfield. Vale uma colher de chá pelo horário e elenco.

TV PAGA
As angústias do monstro

da Redação

Em "O Monstro da Lagoa Negra" (USA, 10h e 1h), uma equipe de cientistas tem de se entender com uma criatura que vive nas profundezas de um lago, numa floresta.
O estranho, ou não, é que a criatura, uma espécie de homem-peixe, tem o hábito de atacar garotas. A natureza sexual do filme de terror é reafirmada aqui de maneira mais que interessante: é a convivência entre o desejo e a impossibilidade de exercê-lo que faz do monstro um monstro.
Se acrescentarmos a essa idéia de base algumas idéias visuais muito fortes e uma realização límpida, temos a ver no mínimo um bom prefácio a "O Incrível Homem que Encolheu", possivelmente a obra-prima de Arnold.
(IA)



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