São Paulo, terça, 4 de fevereiro de 1997.

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Metropolitan exibe feminilidade de vestidos de Christian Dior

CLÁUDIA TREVISAN
de Nova York

"Christian Dior", em exibição no museu Metropolitan de Nova York, reúne cerca de 80 criações do estilista francês realizadas entre 1947 e 1957, ano de sua morte.
No dia 12 de fevereiro de 1947, Dior assombrou o mundo da alta costura com uma coleção apresentada em Paris. Sugestivamente, a coleção foi chamada de "New Look" pela imprensa mundial.
Nela, Dior estabeleceu seu ideal de feminilidade: resgatou a cintura marcada, a silhueta estruturada, o uso generoso de tecidos e a saia quase longa, na altura da canela.
Nos dez anos seguintes, Dior foi considerado o estilista mais influente da alta costura.
É esse período que está retratado na mostra do Metropolitan, que termina no dia 23 de março.
Glamour
As criações de Dior são glamourosas e extremamente femininas. ``Nossa civilização é um luxo e nós a estamos defendendo'' foi uma das frases de Dior para justificar seu trabalho.
Outra característica das criações de Dior é o uso de conceitos masculinos em roupas para mulheres.
Em 1949, por exemplo, o estilista utilizou elementos do smoking para desenhar um vestido de noite em lã preta marcado por uma faixa de seda drapeada na cintura.
A inspiração masculina está presente em várias outras peças da mostra do Metropolitan.
O conjunto ``Bar'' (no sentido de corte de Justiça) é outro clássico da mostra. A peça tem os elementos básicos apresentados por Dior em seu ``New Look'': cintura marcada, silhueta estruturada e saia ampla e quase longa.
Celebridades
Na opinião dos curadores da mostra, Richard Martin e Harold Koda, a sofisticação e opulência de Dior eram irresistíveis na cultura pós-Segunda Guerra Mundial.
As peças da mostra são todas originais e muitas delas foram desenhadas para celebridades.
Eva Péron, mulher do ditador argentino Juan Domingo Perón, possuiu quatro costumes que estão no Metropolitan. Todos de noite, com saias amplas e bordados elaborados.
Dois outros vestidos foram desenhados para atriz alemã Marlene Dietrich. A mostra inclui ainda um conjunto cinza desenhado para a atriz sueca Ingrid Bergman.


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