São Paulo, sexta-feira, 04 de maio de 2007

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CDs

MPB
Faço no Tempo Soar Minha Sílaba
CÉLIA E DINO BARIONI
Gravadora:
Lua; Quanto: R$ 22, em média;
Avaliação: bom
Para o CD que marca seus 35 anos de carreira, Célia escolheu canções de todas as décadas desde os anos 30. Neste arco, o único tropeço é a música mais recente, "Vacilão", samba assimétrico "inventado" pela interpretação de Zeca Pagodinho e que não cai bem no dueto de Célia com Lucinha Lins. Já nas outras, bem acompanhada pelo violão de Dino Barioni, ela mostra sua maneira dramática de cantar e emocionar. "Muito Romântico" -de onde saiu o verso-título-, "Mente ao Meu Coração", "Tango de Nancy", "Quase" e "Última Forma" são destaques.
POR QUE OUVIR: O estilo de Célia e o repertório criam um clima de show de noite, que ela conhece bem. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Jazz
Bird and Diz
CHARLIE PARKER E DIZZY GILLESPIE
Gravadora:
Verve/Universal; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: bom
Não foram poucos os encontros entre o saxofone de Charlie Parker e o trompete de Dizzy Gillespie. Esse "Bird and Diz", que acaba de aparecer em edição nacional, documenta uma gravação feita em junho de 1950 que teve, além dos dois mestres do sopro, o piano do não menos incensado Thelonious Monk. O problema é que o CD poderia se resumir às seis primeiras faixas, das quais apenas uma não é de autoria de Parker.
POR QUE OUVIR: Nessa gravação, os músicos optaram por deixar os clássicos de lado. Mas isso não diminui seu interesse. Pelo contrário. É uma boa oportunidade para degustar músicas menos conhecidas de Charlie Parker. (FABRICIO VIEIRA)

Rock
Tropicalismo Minimal
SUPERQUADRA
Gravadora:
Bolacha Discos; Quanto: R$ 5 (SMD) Avaliação: regular
Com integrantes do extinto Divine, o Superquadra vem de Brasília e, após alguns discos demos, lança seu primeiro álbum, em SMD. Se no formato a solução é econômica, no conteúdo a banda usa em excesso efeitos que buscam tornar seu som mais grandiloquente. Em alguns momentos, como na faixa de abertura, "Atlântico", a mistura de rock com pedais variados, letras surreais/psicodélicas e eletrônica resulta em uma música menos rígida. Mas, logo em seguida, surgem faixas como a equivocada "DJ Spaceboy", que busca desesperadamente uma modernidade sem foco.
POR QUE OUVIR: O Superquadra é da geração pós-Radiohead, em que a paranóia, o rock e futuro se encontram. (BRUNO YUTAKA SAITO)


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