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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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Mitificação se solidifica com o passar do tempo

EDER CHIODETTO
EDITOR DE FOTOGRAFIA

Quanto mais o tempo avança, mais se solidifica a construção do mito Robert Capa. Sua história de vida, afinal, está mais para um personagem cinematográfico que para alguém de carne e osso. Esteve na frente de batalha com sua câmera em cinco guerras. Foi amigo de Picasso, Matisse, Hemingway, Humphrey Bogart e namorado de Ingrid Bergman. Fundou, com Cartier-Bresson, a agência de fotografia mais aclamada do mundo: a Magnum.
Morreu aos 40 anos de forma épica, após realizar as melhores e mais ousadas fotos de guerra feitas até hoje. Sentimental, mulherengo, viciado em jogo e irresponsável eram algumas de suas facetas. Deixou uma legião de apaixonadas e deu o tom exato de inquietação e coragem que os fotógrafos deveriam e devem ter quando acreditam em uma determinada história.
Atuava como um fotógrafo "embutido" num tempo em que a guerra acontecia no campo de batalha, e não na sabotagem de informações. "No Amor e na Guerra" traz muitas imagens pouco conhecidas em que Capa aparece em várias situações, sempre com seu olhar malicioso, ao lado de mulheres lindas, em festas, entre uma guerra e outra. Uma vida de 40 anos que valeu a eternidade.


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