São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2008

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Paulínia inaugura hoje teatro multiuso e festival de cinema

Iniciativas integram investimento municipal de R$ 100 mi previstos para cultura

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a exibição do documentário "O Mistério do Samba", de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, sobre a Velha Guarda da Portela, seguida de um show da cantora Maria Rita, a cidade de Paulínia (a 118 Km de São Paulo) inaugura hoje o seu Theatro Municipal e o I Festival Paulínia de Cinema.
Com 1.350 lugares, o teatro foi projetado como espaço multiuso, para abrigar apresentações de música erudita, artes cênicas e sessões de cinema.
De acordo com a secretária de Cultura de Paulínia, Tatiana Quintella, o projeto custou R$ 53 milhões e adota o padrão do Kodak Theatre, em Los Angeles, onde a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood realiza sua cerimônia de entrega do Oscar.
A construção do teatro, iniciada em agosto de 2005, integra plano da prefeitura de investir R$ 100 milhões no desenvolvimento da indústria cultural, com ênfase no cinema.
A meta, segundo Quintella, é ter a cultura como "segunda fonte de renda da cidade" e ir "além da idéia de pólo petroquímico", que notabiliza Paulínia. Desde 2006, a cidade, que não possui sala de cinema, viu surgir uma escola profissionalizante, duas leis de fomento à atividade e um estúdio adaptado para filmagens.
O crítico Rubens Ewald Filho, consultor do projeto, dirige o festival. "Anunciaremos filmes que vamos co-produzir e teremos dois filmes rodados na cidade durante o festival. Nosso diferencial é ser uma festa de um pólo de cinema", diz ele.
O "ponto fraco do pólo cinematográfico" de Paulínia, segundo Ewald Filho, "é ser um órgão governamental, que pode ou não ter continuidade". O atual prefeito e autor da idéia, Edson Moura (PMDB), está no segundo mandato consecutivo. Não pode mais se reeleger. "Pode muito bem entrar um outro [prefeito] louco que acabe com tudo. Mas a gente tentou fazer que a coisa ficasse tão grande que, mesmo que queiram interromper a política no ano que vem, não dê", diz Ewald Filho.
A competição de longas do 1º Festival de Paulínia conta com 12 títulos, entre ficções e documentários, sendo dois inéditos: "Encarnação do Demônio", de José Mojica Marins, e "Feliz Natal", de Selton Mello.


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