|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PATROCÍNIO
Depois de privatizada, empresa prioriza educação
Vale do Rio Doce diminui
verbas para projetos culturais
da Sucursal do Rio
A privatização da Companhia
Vale do Rio Doce, em julho do ano
passado, causou uma queda nas
verbas destinadas a projetos culturais no país. A empresa mudou o
foco de seus investimentos sociais
e a partir de agora vai priorizar
projetos educacionais.
De 1984 a 1997, a Vale aplicou
cerca de US$ 10,3 milhões em projetos de recuperação e restauração
do patrimônio histórico em quatro Estados -Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão e Pará.
Agora, a Vale privatizada destinará anualmente US$ 10 milhões
para investimentos na área social
-mas não há previsão de que sejam feitas aplicações em projetos
culturais.
"Nossa preocupação é orientar
os investimentos para a área educacional, com atenção também
para a saúde e o meio ambiente",
explica Luiz Antonio de Godoy Alves, diretor-executivo da Fundação Vale do Rio Doce de Habitação e Desenvolvimento Social.
A Vale estatal tinha a obrigação
legal, prevista em seu estatuto, de
destinar 8% de seu lucro líquido
para projetos de desenvolvimento
regional nos municípios onde tinha algum tipo de atividade (nos
Estados do Rio, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Maranhão, Bahia, Sergipe, Mato Grosso do Sul e
Tocantins).
Após a privatização, R$ 85,9 milhões do patrimônio da empresa
foram destinados à criação do
FRD (Fundo para o Desenvolvimento Regional com Recursos da
Desestatização), gerido pelo
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que destinou a ele mais R$
115 milhões. O novo fundo também tem como prioridade projetos sociais.
BNDES
Há cerca de um ano, o BNDES
vem dedicando recursos para projetos de restauração e conservação
do patrimônio histórico por meio
da Lei Rouanet. A prioridade do
banco é aplicar na restauração de
monumentos dos períodos colonial e imperial. Atualmente, dez
projetos vêm recebendo esses recursos -seis no Rio, dois em Salvador, um em Ouro Preto (MG) e
outro em Igarassu (PE).
A instituição aplica, pelo terceiro ano consecutivo, recursos no
setor cinematográfico por meio da
Lei do Audiovisual. O BNDES
compra os certificados de investimento audiovisual, que permitem
desconto de até 3% do Imposto de
Renda devido.
A partir do dia 15 de julho, o
banco irá receber projetos de filmes interessados em ter apoio financeiro em 1998. Para longas-metragens, o financiamento
será de até R$ 300 mil ou 15% do
valor total de captação autorizado
pelo Ministério da Cultura -o
que for menor.
Médias-metragens poderão receber até R$ 150 mil, e filmes de
curta-metragem, até R$ 75 mil.
Na seleção feita no ano passado,
foram escolhidos "For All",
"Orfeu", "Menino Maluquinho
2", "Amor & Cia", "Bufo e Spallanzani", "Chatô, o Rei do Brasil", "As Tranças de Maria",
"Traição" e "Hans Staden".
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|