São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011
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OPINIÃO Ator conquistou respeito da crítica e carinho do público
CRÍTICO DA FOLHA Um ator para todos os públicos. Ítalo Rossi construiu uma carreira eclética, em que soube transitar entre as formas mais sofisticadas de teatro e gêneros bem populares, como a comédia cinematográfica e a telenovela. Premiado como ator revelação já em sua estreia, no Teatro Brasileiro de Comédia, Rossi acumulou muitas láureas no teatro sério e trabalhou com os melhores encenadores de sua geração. Sua primeira grande conquista aconteceu em 1959, no papel do empresário Frasão, na histórica direção de Giani Ratto do "Mambembe", de Arthur Azevedo. Como integrante do Teatro dos Sete, grupo decisivo na história do teatro brasileiro moderno, ele ainda foi laureado, em 1960, por sua interpretação em "Com a Pulga Atrás da Orelha", de Georges Feydeau. Durante os seis anos de vida da companhia, Rossi conciliou sua presença nas encenações elaboradas de Ratto com a participação em cinco telenovelas. Em 1965, mesmo ano em que atuou em duas peças curtas de Harold Pinter dirigidas por Flávio Rangel, participou do filme "Society em Baby-Doll", de Waldemar Lima, o lendário diretor de fotografia de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha. Nas décadas seguintes, venceu o Prêmio Molière quatro vezes, sendo que a terceira, em 1985, com "Quatro Vezes Beckett", de Gerald Thomas, marcou seu retorno triunfal aos tablados. A partir daí alternou poucos e bons trabalhos teatrais com alguns filmes e muitas participações na televisão. Que seu último trabalho na televisão tenha sido no humorístico "Toma Lá, Dá Cá" (na TV Globo), antes de depreciar, honra sua biografia, pois o insere na tradição dos grande atores brasileiros que conquistaram tanto o carinho do povão quanto o respeito da crítica. (LUIZ FERNANDO RAMOS) Texto Anterior: Ítalo Rossi arrancou elogios já na estreia Próximo Texto: Datena abre o bico Índice | Comunicar Erros |
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